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Frango: crise sanitária na China favorece exportação do Brasil
06/02/2020
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Primeiro foi a epidemia de peste suína africana (PSA). Mais recentemente, o avanço de casos de coronavírus, que provocou a declaração de emergência global de saúde. E, no último fim de semana, informações sobre um foco de gripe aviária. A situação sanitária da China é considerada preocupante, mas, pelo menos para a indústria de carne de frango do Brasil, não deve afetar a demanda pelo produto.
"A conjuntura é para aquecer a demanda. Pena que não tenhamos volume para atender a toda a demanda”, avalia Francisco Turra, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade que representa as indústrias de carnes de frangos e suínos.
Em 2019, o Brasil exportou para o mercado chinês 585,59 mil toneladas de carne de frango e faturou US$ 1,23 bilhão, de acordo com dados do sistema Agrostat, do Ministério da Agricultura. A China respondeu por 17,8% da receita total obtida pelo setor nas exportações durante o ano passado (US$ 6,89 bilhões) e por 14,2% do volume (4,120 milhões de toneladas). Em 2018, os embarques para a China somaram 438,92 mil toneladas com uma receita de US$ 799,16 milhões.
Dizendo-se basear em informações da representação da ABPA na China, Francisco Turra justifica seu otimismo levando em conta a preocupação dos chineses com a segurança alimentar, que tende a ser maior na atual situação. Com isso, a alternativa será buscar no mercado um produto que se mostre confiável para o consumidor local. E como tem mantido seu status sanitário, o Brasil tem chance de exportar ainda mais.
“É um momento muito difícil, em se tratando de sanidade. Cresce a preocupação com a segurança alimentar. E a demanda vai para onde o status sanitário seja impecável. Não temos nenhuma razão para temer”, diz Turra, avaliando de forma positiva a relação dos fornecedores brasileiros com os clientes chineses.
Fonte: Revista Globo Rural
Créditos da Imagem: Ricardo Padue/Ed. Globo