Após uma pequena retração no consumo da carne de frango em 2017, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) iniciou uma campanha, com anúncios em veículos de comunicação e outdoors, para promover os benefícios do produto. O objetivo é destacar os diferenciais do frango, associando-o a uma dieta equilibrada, especialmente para o verão.

Segundo o presidente da Asgav, Nestor Freiberger, a demanda pela carne de frango no mercado interno pode crescer. “É um produto de excelente qualidade, precisamos divulgar isso”, ressalta. Um dos enfoques da campanha será a sanidade, tendo em vista o investimento feito pela cadeia na prevenção de doenças como a Influenza Aviária, nunca registrada no Brasil. A Asgav avalia que há tendência de manutenção dos preços do produto nos primeiros meses de 2018. O custo do frango, menor que o das carnes concorrentes, é um dos trunfos. “A carne de gado está quase proibida de se comprar”, compara Freiberger. “O que faz o consumidor migrar é preço, mas com qualidade.”

Em 2017, num momento em que o mercado sentiu os efeitos da instabilidade econômica e da Operação Carne Fraca, o consumo de frango caiu cerca de um quilo no Rio Grande do Sul e hoje está ao redor de 42 quilos por habitante/ano. Segundo Freiberger, o Estado tem condições de alcançar, pelo menos, 44 quilos.

Terceiro maior produtor do Brasil, o Rio Grande do Sul deverá encerrar o ano com uma ligeira queda de 0,85% no número de abates (817 milhões de aves) e pequena alta de 0,11% nas exportações (741 mil toneladas). A produção de ovos deve crescer 1,6%, chegando a 3,1 bilhões de unidades. Para 2018, a expectativa da Asgav é de um crescimento setorial de 2% a 2,5% no Rio Grande do Sul. Segundo o diretor-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, a produção de aves natalinas deve alcançar 80 mil a 90 mil toneladas neste ano, o que representa um volume de 5% da produção total do Estado.

Fonte: Correio do Povo
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