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Frango: aumentou o diferencial de preços entre vivo e abatido
09/11/2016

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Frango aumentou o diferencial de preços entre vivo e abatido

Analisando-se a relação de preços do frango abatido com o vivo no triênio 2013/2015 constata-se que a ave abatida foi comercializada, em média, com um adicional de 31,5% sobre o preço da ave viva, sem variações significativas de um ano para outro (31,91% em 2013; 32,20% em 2014; 30,43% em 2015).

A despeito das excepcionalidades enfrentadas no decorrer de 2016, essa relação pouco se modificou nos oito primeiros meses do ano, período em que o preço do frango abatido esteve, em média, 30,58% acima do registrado pelo frango vivo.

Nos últimos dois meses, porém, foram observadas diferenças que, agora sim, podem ser consideradas significativas. Pois, entre setembro e outubro, enquanto a cotação do frango vivo ficou inalterada em R$3,10/kg, recuando perto de 2% em comparação ao valor médio de agosto - R$3,16/kg, pico de preços do ano - o valor alcançado pelo frango abatido nas negociações atacadistas continuou em valorização.

Em setembro, o preço atingido pelo frango abatido aumentou 6,6% sobre agosto. E em outubro, mesmo sofrendo pequena desvalorização em relação ao mês anterior (-2,5%), permaneceu com um valor 4% superior ao de agosto. Em decorrência, o adicional médio do bimestre subiu para 42,74%, com pico de 44,52% no mês de setembro.

Esse incremento é indicativo da perda de importância do frango vivo independente na formação de preço do frango abatido. Ou seja: ainda que o volume criado pelos independentes tenha caído significativamente, a menor oferta já não influencia o mercado na mesma velocidade anterior, pois os abatedouros vêm operando, quase exclusivamente, com a produção própria e recorrendo minimamente às ofertas “spot”.

Tal comportamento, tudo indica, deve se repetir em novembro corrente. Pois ainda que a relação de preços dos últimos dias de outubro tenha ficado dentro da média do triênio 2013-2015 (31,5% de adicional para o frango abatido), bastaram apenas seis dias de negociações para que esse índice subisse para 38,4%.

Já em relação ao frango vivo, parece que vai ser preciso fortíssima reação do consumo final (tornando a produção integrada insuficiente para o pleno atendimento da demanda) para que a comercialização saia do marasmo em que se encontra desde o final de agosto e que, ontem (8), completou 70 dias.

Fonte: Aviste

Créditos da Imagem: Aviste