Embora tenha fechado o mês com uma cotação menos de meio por cento superior à do primeiro dia de negócios do período, em março o frango abatido voltou a obter valorização em relação ao mês anterior, ocasião em que registrou pequena queda mensal no preço médio. Mas tal avanço, a exemplo do retrocesso, foi pequeno, de apenas 0,64%, o que significa que somente acompanhou a inflação oficial – pelo IPCA-15, coincidentemente, também de 0,64% em março.

Como já havia ocorrido em meses anteriores mais recentes, o melhor desempenho foi registrado na 3ª semana do mês, início da 2ª quinzena. Foi quando o produto alcançou a média semanal de R$8,53/kg, à primeira vista o melhor resultado de todos os tempos para o período. Mesmo assim, o ganho foi apenas nominal, pois ficou somente 1 (um) centavo acima dos R$8,52/kg registrados na 3ª semana de setembro de… …2021. Isso mesmo: de quase quatro anos atrás.

Tivesse acompanhado a inflação acumulada desde então, superior a 20%, o frango abatido teria sido comercializado em março corrente por valor superior a R$10,00/kg. Mas sua cotação média no mês ficou em pouco mais de R$8,44/kg – o que, mesmo assim, corresponde a uma valorização de quase 15% sobre março de 2024.

Tal índice, com certeza, manterá o frango na berlinda, como um dos responsáveis pelos altos preços dos alimentos. Mas – nunca será demais repetir – o incremento de preço observado está muito aquém da elevação registrada pelo insumo básico do frango, o milho, cujo preço no espaço de 12 meses acumula alta de, aproximadamente, 42,5%.

Frente ao desempenho mais recente, o preço médio registrado no 1º trimestre de 2025, da ordem de R$8,41/kg, permanece como a melhor remuneração do setor em todos os tempos. Porém (e mais uma vez), apenas nominalmente, porquanto em valores reais (isto é, deflacionados pelo IPCA), o valor atual continua aquém das médias anuais alcançadas em 2021 e 2022.

Fonte: AviSite

Créditos de Imagem: Asgav