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Frango abatido: desempenho em dezembro e no decorrer de 2022
04/01/2023

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Frango abatido: desempenho em dezembro e no decorrer de 2022

Embora seu preço médio no mês tenha sido quase 10% superior ao de um ano antes, o frango abatido encerrou 2022 em situação bem pior que a de dezembro de 2021. Pois então, a despeito das fortes quedas também enfrentadas, o exercício foi encerrado com cotações superiores às do primeiro quadrimestre. Já no ano passado, o valor médio de dezembro só não ficou abaixo dos registrados no bimestre janeiro/fevereiro, normalmente os mais fracos meses de cada exercício. Ou seja: aquele que já foi, historicamente, o melhor momento do setor devido às Festas, se tornou um dos piores do ano.

O balanço anual mostra resultado aparentemente positivo, pois os preços médios, em 12 meses, foram perto de 6% superiores aos de 2021, o que significa que acompanharam de perto a inflação oficial do período. O único senão, neste caso, é que o “ganho” ficou restrito ao primeiro semestre, pois na segunda metade do ano a variação registrada em relação ao ano anterior ficou muito próxima de zero, registrando-se – em vários momentos – preços inferiores aos de um ano antes.

Sob esse aspecto, os valores máximos atingidos ficaram aquém dos registrados em 2021. No ano retrasado o frango abatido chegou a alcançar (mês de setembro) valor não muito distante dos R$8,00/kg. Em 2022 não foi além dos R$7,50/kg, valor que se repetiu por três meses consecutivos (julho, agosto e setembro) e que só foi ultrapassado (por margem mínima) no mês de abril. Não porque o mercado tenha reagido, mas devido a uma redução nos abates, fato detectado nos levantamentos trimestrais do IBGE.

Excetuada essa influência anormal, constata-se que os melhores momentos do ano estiveram concentrados no segundo quadrimestre (maio/agosto), o que significa que o terceiro quadrimestre (setembro/dezembro) apresentou desempenho inferior. Mas o pior resultado fica reservado, mesmo, para o quadrimestre inicial do ano (janeiro/abril), como efeito não só das férias da população (janeiro/fevereiro), mas, sobretudo, da forte concentração de despesas financeiras no início de cada novo exercício.

Fonte: Avisite
Créditos de Imagem: Avisite