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Força-tarefa entre indústria e produtores visa conter a Influenza Aviária
15/05/2023

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Uma verdadeira estratégia de guerra tem mobilizado produtores integrados e indústria avícola gaúcha. Na mira, a Influenza Aviária que ronda o Estado desde fevereiro deste ano, quando foram detectadas aves positivas para a doença na Argentina e no Uruguai.

O presidente-executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs), José Eduardo dos Santos, afirma que a probabilidade de a doença chegar existe, especialmente através de parques de aves migratórias e fronteiras, mas acrescenta que o setor está bem preparado para fazer uma ação rápida de detecção, restringir o local de ocorrência e, dessa forma, não impactar na comercialização da carne de frango e ovos.

"O setor teve que investir em procedimentos de biosseguridade para blindar as granjas e evitar ao máximo entrada de outros animais e pessoas contaminadas". Entre essas medidas, estão: evitar visitas às granjas, instalar arcos de desinfecção, verificar barreiras naturais, instalar telas de aviários para evitar entrada de aves silvestres, boas práticas de manejo, rigoroso uso uniforme e manutenção da qualidade da água.

Segundo ele, existe um regramento de prevenção que tem sido cumprido pelas granjas ao longo dos anos, mas que agora está sendo intensificado. Além disso, o setor tem trabalhado muito a comunicação com ações pontuais nas regiões onde há muita produção de subsistência, nas fronteiras e nos parques.

"Estamos interagindo com os serviços oficiais no sentido de trabalharmos juntos as medidas de biosseguridade e atender aos requisitos necessários para manter a área de produção comercial livre de Influenza". Seguir livre é imprescindível para continuar atendendo à demanda por carne e ovos que tem crescido no mercado externo, justamente após a detecção de Influenza Aviária nos Estados Unidos e países sul-americanos.

O chefe da divisão de Defesa Sanitária Animal da Seapi, Fernando Groff, acrescenta que o grande problema no quesito disseminação da doença são as pequenas propriedades que criam os animais para subsistência. "O grande produtor que trabalha como integrado da indústria já está acostumado às normas de controle e biossegurança. O problema é o pequeno que tem um cocho de água no fundo de quintal, onde qualquer ave pode beber, inclusive as de vida livre", explica o médico-veterinário.

Santos diz que, em caso de animais positivos para a doença, os prejuízos serão muitos, por perda dos plantéis e com reflexo comercial, especialmente bloqueios nas exportações.

Além das medidas de biossegurança que devem ser tomadas, é importante que o produtor observe se alguma ave do plantel apresenta sintomatologia da doença: dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, falta de coordenação motora, torcicolo, diarreia, alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres.

Na ocorrência desses sintomas, é preciso entrar em contato imediatamente com a Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária do município.

Os produtores também têm feito o tema de casa. É o caso do proprietário da Granja Nienow, Jairo Nienow, que há muito tempo adotou medidas de biosseguridade, que visam garantir a saúde e bem-estar das aves, além da segurança dos alimentos produzidos.

"Com o risco da chegada da doença na América do Sul, de imediato reforçamos esses cuidados, além de estabelecer a restrição de visitantes e levar orientações sobre a Influenza Aviária aos colaboradores", destaca.

Fonte: Jornal do Comércio
Créditos da Imagem: KLEITTON PAN/SEAPI/DIVULGAÇÃO/JC