A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) solicitam ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a retomada total das exportações de carne de frango e de ovos após o fim do período de vazio sanitário em 18 de junho, do caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul.

O Rio Grande do Sul é o terceiro principal exportador de carne de frango do Brasil em 2024, sendo que o Estado exportou 708,8 mil toneladas para 132 países, gerando receitas de US$ 1,3 bilhão. Além disso, 12,2% dos empregos na indústria avícola brasileira estão no RS. O segmento figura como segundo maior empregador da indústria de transformação gaúcha.

As entidades representativas de dois expressivos setores produtivos do Estado manifestam apoio à avicultura gaúcha, que padeceu de embargos de diferentes níveis dos mercados importadores. Apesar de 16 países já terem retirado a suspensão (Argélia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Egito, El Salvador, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Vanuatu e Vietnã), a comercialização ainda não está equilibrada para suprir a demanda atendida anteriormente.

Os principais países importadores ainda mantêm a suspensão total, São eles: Albânia, Argentina, Canadá, Chile, China, Filipinas, Índia, Macedônia do Norte, Malásia, Mauritânia, Paquistão, Peru, Timor-Leste, União Europeia e Uruguai.
A suspensão restrita ao Rio Grande do Sul permanece por parte da África do Sul, Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Cuba, Kuwait, México, Namíbia, Omã, Quirguistão, Reino Unido, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia.

A suspensão limitada ao município de Montenegro segue por Catar, Emirados Árabes Unidos e Jordânia e a limitada à zona de 10 km é imposta por Hong Kong, Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Singapura, Suriname e Uzbequistão.

“É fundamental que o governo federal articule diplomaticamente de forma estratégica a urgente retomada dos fluxos de comércio. O forte comprometimento da cadeia produtiva, aliado à atuação eficiente do Serviço Veterinário Oficial e ao intenso esforço do MAPA garantiram a segurança dos produtos da avicultura brasileira. As medidas adotadas foram bem-sucedidas e demonstram a capacidade técnica e operacional do Rio Grande do Sul para enfrentar situações sanitárias críticas, impedindo a proliferação da IAAP”, disse o presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos.

Fonte: Comunicação ASGAV/OVOS RS
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