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Exportação agrícola rende 14% menos em julho
09/08/2016

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09.08.02

O Brasil faturou 14% menos com as exportações do agronegócio em julho deste ano em relação a igual mês de 2015, segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura. No mês passado, os embarques do setor somaram US$ 7,81 bilhões, ante US$ 9,11 bilhões em julho de 2015. Já as importações decresceram 0,6%, passando de US$ 1,15 bilhão em julho de 2015 para US$ 1,14 bilhão em julho deste ano. No mês passado, o complexo soja liderou os embarques ao exterior, com 39% do total, seguido de carnes, com 15,1%; complexo sucroalcooleiro, com 15%; produtos florestais (10,7%) e café (4,1%). Juntos, foram responsáveis por 83,8% das vendas externas do País no setor. Conforme a SRI, o recuo nos valores exportados pelo País explica-se pela queda internacional dos preços de vários produtos – carne suína (-21%), bovina (-12,6%), de frango (-3,4%), celulose (-15%), suco de laranja (-8,6%) – e também pelo menor volume exportado. Já nos sete primeiros meses do ano, o faturamento do Brasil com as exportações do segmento alcançou US$ 52,8 bilhões. O valor é praticamente estável em relação a igual período do ano passado, ou 1% maior. Já as importações recuaram quase 12%, para US$ 7,24 bilhões. O saldo comercial do setor no período ficou positivo em US$ 45,58 bilhões, sendo que o agronegócio representou 49,6% das exportações totais do Brasil de janeiro a julho. O complexo soja exportou 22,6% menos em valor no mês de julho de 2016 em relação a igual mês de 2015. A soma dos embarques no mês passado alcançou US$ 3,04 bilhões, ante US$ 3,93 bilhões em julho de 2015. Tal redução ocorreu por causa da diminuição de 29,2% no volume embarcado do complexo – de 10,248 milhões de toneladas em julho de 2015 para 7,255 milhões de toneladas em julho de 2016. Embarques volumosos, antecipados nos primeiros meses deste ano, além de mercado interno com preço forte da oleaginosa, também podem explicar o recuo nos embarques em julho. Conforme o ministério, a soja em grão continuou a ser o principal produto embarcado, perfazendo 79,7% em faturamento no complexo, ou US$ 2,43 bilhões. Já a quantidade exportada do grão diminuiu de 8,44 milhões de toneladas em julho de 2015 para 5,79 milhões de toneladas em julho de 2016 (-31,4%). O aumento de 9,7% no preço médio de exportação da soja em grão compensou, em parte, a queda da quantidade exportada no mês. As exportações de farelo de soja e óleo de soja foram de US$ 557,51 milhões (-12,7%) e US$ 61,08 milhões (-13,0%), respectivamente, conforme o ministério. O setor de carnes (bovina, de frango e suína), o segundo principal complexo exportador do agronegócio no País, também faturou menos (19,6%), ou US$ 1,18 bilhão em julho de 2016, ante US$ 1,464 bilhão em julho de 2015. A redução, conforme o ministério, ocorreu em função da queda quase generalizada na quantidade exportada – já que a valorização do dólar no mês passado tornou a proteína brasileira menos competitiva no exterior – e também da diminuição do preço médio de exportação. A carne de frango continuou na primeira posição. Foram US$ 596,36 milhões em exportação (-21,9%), com redução de 19,1% na quantidade exportada e queda de 3,4% no preço médio de exportação. O mesmo comportamento ocorreu com a carne bovina, que registrou retração de 18% no valor exportado, atingindo US$ 408,57 milhões em vendas externas. A quantidade exportada de carne bovina caiu 6,2% enquanto o preço médio de exportação diminuiu 12,6%. As exportações de carne suína foram de US$ 120,23 milhões (-23,6%), com queda de 3,4% na quantidade exportada e 20,9% no preço médio de exportação.

Fonte: Jornal do Comércio