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Ex-ministro Francisco Turra deixará comando da Associação Brasileira de Proteína Animal
28/10/2019

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Ex-ministro Francisco Turra deixará comando da Associação Brasileira de Proteína Animal

Natural de Marau, no Norte, Francisco Turra, 77 anos, virou referência ao longo de 20 anos de atuação no setor. Formado em Direito e em Comunicação, foi, entre outros cargos, ministro da Agricultura, e há 12 anos atua como representante na avicultura. E, em 2014, assumiu o comando da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Depois de sucessivos mandatos, anuncia que deixará a presidência em abril de 2020, quando a entidade escolhe nova diretoria. Em conversa com a coluna, explica por que tomou a decisão. Confira trechos da entrevista.

Por que tomou a decisão de deixar o cargo que ocupa?

Estou há 20 anos fora de casa. Foram oito em Brasília, mais 12 na presidência das entidades (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos , União Brasileira de Avicultura, depois a Associação Brasileira de Proteína Animal). Minha família se divida entre Porto Alegre, Marau. Depois, tive um problema de saúde e entendi que precisava diminuir o ritmo. Não ficarei totalmente fora. Serei presidente do conselho consultivo e também farei consultorias.

Quais as principais conquistas no período de atuação?

Ampliamos o número de associados de 23 para 140. Também houve a abertura de 15 mercados novos, entre os quais China e Índia. Outro feito muito importante foi a mudança no sistema para ter acesso às cota de vendas da União Europeia. Tem ainda a desoneração da folha de aves e suínos. A ABPA ficou uma entidade muito respeitada, com união muito grande. Fomos sempre muito transparentes.

Quais desafios permanecem para a indústria de proteína animal brasileira?

O maior desafio é aproveitar este momento em que há influenza aviária em vários países do mundo, e no Brasil, não. A grande briga é pela biosseguridade. Não abrir mão de cumprir regulamentos internacionais. Não pode haver, jamais, descuido. A Carne Fraca teve erro no forma de divulgação, mas não pode haver nenhum grupo pequeno que cometa equívocos. Porque houve prejuízo para um setor inteiro. Não tem espaço para erro.

E qual o tamanho do setor?

Exportamos US$ 9 bilhões, entre aves e suínos. Temos 4,1 milhões de empregos diretos e indiretos e um PIB de US$ 100 bilhões. Somos o segundo maior produtor de aves, depois dos Estados Unidos. Em suínos, somos o quarto. Mas ocupamos a posição de primeiro exportador de carne de aves do mundo, quarto de carne suína. E o setor de ovos vai crescer muito. Está ampliando 10% por ano.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Édi Pereira / Divulgação ABPA