Mesmo faltando cinco dias de negócios para o fechamento do mês, a tendência é a de que o milho registre em junho corrente a menor cotação dos últimos 35 meses, ou seja, desde agosto de 2020.

Não que não tenha alcançado anteriormente preços superiores. Em março daquele ano, já em processo de alta, chegou a registrar valor superior ao atual. Mas com o reconhecimento da pandemia no mesmo mês, sofreu resfriamento por alguns tempo. De agosto em diante a recuperação foi explosiva. A ponto de, no curto espaço de nove meses, acumular variação próxima de 80% e ser comercializado por mais de R$100,00/saca.

Considerado o máximo até aqui observado, registrado em maio de 2021 (R$101,72/saca na média daquele mês), a menor cotação de junho corrente (R$53,63/saca no princípio do mês) significou queda de quase 50%. Mas isto já ficou para trás, pois os preços do milho entraram em recuperação – por ora, de “grão em grão” (R$57,36/saca na última sexta-feira, 23) e não se sabe até onde ou quanto.

Com as baixas ocorridas mais recentemente, o poder de compra do frango nos últimos meses sofreu significativo aumento, pois enquanto no primeiro semestre de 2022 foram necessários, em média, 13,177 kg do produto para adquirir uma saca (60 kg) de milho, neste ano (com dados parciais para junho corrente) esse volume caiu para 10,885 kg – 17,39% a menos.

Mesmo assim, esse volume permanece bem acima do que foi registrado nos sete anos que antecederam a pandemia (2013-2019), pois, nesse relativamente longo período, uma saca de milho foi adquirida, em média, com 8,853 kg de frango abatido.

A única grande exceção observada nesses sete anos ocorreu em 2016, quando houve momento em que foram necessários 14 kg de frango abatido para a aquisição de uma saca de milho. Mas isso teve justificativa: houve quebra de safra. Não é o que tem ocorrido nos últimos anos, visto que as safras têm registrado sucessivos recordes.

Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV