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Entidades do agronegócio esperam solução rápida para falta de contêineres
25/10/2021
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Entidades do agronegócio aguardam ações do governo federal para minimizar o impacto da escassez de contêineres e outros problemas logísticos no envio de cargas ao exterior. Com a retomada do comércio internacional após a interrupção causada pela pandemia de Covid-19, há uma grande disputa por esses equipamentos e até por navios. De acordo com lideranças do setor, o problema é agravado pela opção dos armadores por atender principalmente a demanda de exportadores da Ásia.
Entre as dificuldades relatadas pelas entidades estão a alta dos custos do transporte marítimo e o acúmulo de cargas nos portos. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, são frequentes os cancelamentos de reserva de espaço para cargas nos navios. “As indústrias gastam mais com armazenagem, às vezes perdem a ‘janela de embarque’, têm de pagar as taxas portuárias e (correm o risco de ter) contratos rompidos por não entregarem os produtos no prazo definido”, constata o executivo. Santos observa que, como a falta de contêineres é um problema global, não se espera uma solução para este ano, mas para meados de 2022.
No mês passado, a Frente Parlamentar da Agropecuária da Câmara dos Deputados enviou ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, um documento assinado por entidades do agronegócio solicitando medidas de curto prazo, como a padronização de taxas de portos e terminais. Além de ações emergenciais, também foram sugeridas ações para resolver gargalos na estrutura dos portos, segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. Ele diz que os problemas logísticos impedem um crescimento das exportações. “O efeito principal é perda de oportunidades”, observa.
Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV