A Embrapa Suínos e Aves divulgou o Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) referente a março, e os dados mostram leve baixa, após dois meses consecutivos de alta. De acordo com o levantamento, em relação a fevereiro, houve leve queda de 0,70% no ICPFrango.

Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, este pequeno recuo se deve ao afrouxamento do preço do farelo de soja no mês de março. "Apesar disso, o cenário ainda é muito preocupante para a avicultura, já que o milho está em movimento de escalada de preços. Os custos de produção devem ser ainda mais desafiadores em abril", disse.

O principal quesito que pesa nas contas do avicultor, a nutrição dos animais, caiu 1,84% em março em relação a fevereiro. Em fevereiro, no comparativo com janeiro, este quesito havia aumentado 6,48%. No acumulado dos últimos 12 meses, houve um avanço de 37,70% e no primeiro trimestre de 2021, a alta foi de 11,42% na alimentação das aves. Atualmente, este quesito representa 77,74% do total investido na atividade.

A título de comparação, em março de 2020, a alimentação das aves representava 70,78% do total de investimentos na granja, segundo a Embrapa. Entre março de 2020 e o mesmo mês de 2019, a nutrição das haves havia avançado 12,43%, valor muito inferior à alta de 37,70% entre março de 2020 a março de 2021.

Como exemplo, no Paraná, Estado que lidera a produção de frangos no Brasil, os custos, de forma geral, chegaram a R$ 4,86/kg de frango, leve recuo de 0,6% em relação a fevereiro. Comparando o valor com março de 2020, houve alta de 52,35%.

No que diz respeito à alimentação das aves, o recuo foi de 2,3% em março, chegando a R$ 3,71/kg. Ao estender a comparação entre março deste ano com março de 2020, o aumento dos custos de produção na avicultura paranaense foi de 64,2%.

Fonte: Notícias Agrícolas
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV