De acordo com os dados ontem divulgados pela SECEX/MDIC, as exportações de carne de frango in natura da primeira semana de novembro – 3 a 7, cinco dias úteis – ultrapassaram ligeiramente a marca das 135 mil toneladas, volume decorrente de embarques médios diários da ordem de 27.023 toneladas, um quarto a mais que o registrado em outubro passado e 17,6% acima da média diária observada em novembro de 2024.

Sem dúvida expressiva – pois corresponde, senão ao maior, a um dos maiores volumes diários já exportados pelo setor – essa média diária parece trazer embutida o saldo de embarques não computados em outubro, visto os dados oficiais terem abrangido 22 dias úteis, um a menos que o total de dias úteis de outubro.

Efetivamente, como bem observa Laiz Foltran, Coordenadora de Inteligência de Mercados da ABPA, os resultados divulgados referem-se ao período oficialmente contabilizado pela SECEX/MDIC. Como no final de outubro comemorou-se o Dia do Servidor (ponto facultativo nas repartições públicas), no último dia útil do mês as exportações do produto ocorreram normalmente, mas só foram contabilizadas no primeiro dia útil seguinte, ou seja, agora em novembro.

Embora novembro corrente tenha quatro dias úteis a menos que outubro (apenas 19), mantida a média atual o total do mês irá representar novo recorde, pois o sinalizado é um volume em torno das 513 mil toneladas. Mas os próximos resultados tendem a ser naturalmente menores que os presentes. No entanto, a expectativa é a de que permaneçam em patamares elevados, mesmo porque agora conta-se com a retomada das importações da China.

A propósito do superado embargo chinês, observou-se que a interrupção dos embarques para aquele mercado forçou o setor a buscar mercados com menor poder aquisitivo. Daí a queda de mais de 12% no preço médio da carne de frango exportada em outubro passado. Pois os primeiros resultados de novembro já apontam reversão dessa situação, visto que o valor médio da semana passada – US$1.811,27/tonelada – embora ainda 3,5% inferior ao de novembro de 2024, apresenta valorização de mais de 8% sobre outubro último.

Já o volume acumulado no ano, da ordem de 4,228 milhões de toneladas, permanece quase 7% aquém do alcançado nos 11 primeiros meses do ano passado. Mas se consideramos que cerca de 15% das 135 mil toneladas exportadas neste mês corresponderam a volume não-contabilizado do mês passado, conclui-se que o total exportado entre janeiro e outubro de 2025, ainda que por pequena margem (menos de meio por cento), foi superior ao registrado nos mesmos 10 meses de 2024. É um resultado positivo que deve ser ratificado e ampliado agora em novembro.

Fonte: AviSite
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