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Em alta, custo do frango fechou 2021 a apenas 6 centavos do recorde histórico
31/01/2022
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O levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves confirmou que, após breve baixa no mês anterior, em dezembro passado o custo de produção do frango voltou a aumentar.
O custo registrado – R$5,21/kg – teve pequena variação em relação ao mês anterior (+1,36%), mas aumentou 19,77% sobre dezembro de 2020, ficando apenas 6 (seis) centavos abaixo do recorde histórico de R$5,27/kg registrado nos meses de maio e agosto de 2021. Igualando-se ao valor de outubro, os R$5,21/kg de dezembro corresponderam, também, ao segundo mais elevado custo enfrentado pela avicultura brasileira em sua moderna história.
Com o resultado de dezembro, o custo médio do ano ficou em R$5,08/kg, aumentando 39,94% em relação a 2020, 78,34% em relação a 2019 e 81,15% em relação a 2018. Para dar melhor ideia do que isso representou, talvez seja suficiente dizer que, na média dos dez anos transcorridos entre 2010 e 2019, a variação anual registrada ficou ligeiramente aquém dos 9%.
Oportuno ressaltar, primeiro, que o custo em pauta se refere à produção no estado do Paraná, em aviário com climatização positiva. E, segundo, que nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (os outros dois acompanhados pela Embrapa Suínos e Aves) o aumento anual foi bem superior – de, respectivamente, 46,28% e 53,68%.
O resultado não deve ter sido muito diferente em São Paulo, onde (gráfico abaixo) o frango vivo foi cotado, em média, por R$5,28/kg (o que não significa que essa tenha sido a média recebida pelo produtor visto que, em vários momentos de 2021, o produto foi negociado com descontos variáveis sobre a cotação vigente).
Pois bem: à primeira vista o ganho do frango em relação ao custo ficou ligeiramente aquém dos 4%, o que, na realidade, não ocorreu. E o gráfico deixa isso mais claro ao revelar que somente na metade dos doze meses de 2021 o valor alcançado pelo frango vivo foi superior ao custo apontado pela Embrapa Suínos e Aves.
Essa situação se agrava ainda mais neste janeiro. Porque, cotado por valor cerca de 2% inferior ao do mês anterior (resultado preliminar), o frango vivo vê os custos permanecerem em ascensão, já que os preços de suas duas matérias-primas básicas (e principais formadoras do custo) continuam em alta – o milho aumentando no mês quase 10% e o farelo de soja mais de 13%. É, não há dúvida, um péssimo início de ano.
Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV