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Efeito da IA nas exportações de carne de frango dos EUA
30/11/2016
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De acordo com os dados mensais do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), depois de atingirem seu menor volume em junho último (base: volumes acumulados em 12 meses), as exportações de carne de frango dos EUA voltaram a reagir e agora tendem a fechar o presente exercício com um volume anual ligeiramente superior a 3 milhões de toneladas.
Se esse desempenho se confirmar, o resultado será um volume mais de 5% superior ao registrado em 2015, ano em que os embarques norte-americanos recuaram mais de 13%, não indo muito além de 2,867 milhões de toneladas.
Porém, mesmo atingindo esse volume, o resultado de 2016 continuará quase 10% aquém do recorde de 2013 (perto de 3,332 milhões de toneladas) e permanecerá como o segundo menor volume dos últimos nove anos, ou seja, desde 2008.
Nunca será demais lembrar que essa queda é devida, quase exclusivamente, à ocorrência de inúmeros surtos de Influenza Aviária (IA) em território norte-americano entre o final de 2014 e meados de 2015, quando a doença foi considerada sob controle.
O que chama a atenção, neste caso, é que o problema sanitário ficou restrito às áreas de postura e de perus, isto é, não afetou a criação de frangos. No entanto, o mercado externo reagiu como se toda a avicultura dos EUA tivesse sido diretamente afetada pela doença. E o efeito foi uma significativa redução das importações.
De toda forma é oportuno observar que, antes mesmo da detecção dos primeiros casos da doença (em dezembro de 2014), as exportações de carne de frango dos EUA já davam sinais de retrocesso – fato comprovável pela tabela abaixo.
Tal retrocesso é reflexo do fechamento do mercado russo à carne de frango norte-americana em represália às sanções impostas à Rússia (não só pelos EUA) após a invasão e anexação de território ucraniano. Com ele, a indústria avícola norte-americana perdeu seu principal importador – aquele que, há quase 10 anos, absorveu quase um terço das exportações de frango dos EUA.
Esse episódio vem à tona porque, com o demonstrado apreço de Trump por Putin e vice-versa, o mercado russo pode, novamente, reabrir-se aos norte-americanos. Independente disso, as exportações de carne de frango dos EUA tende a um crescimento contínuo e o próprio USDA prevê, para 2017, um novo incremento de, pelo menos, 5%.
Fonte: Avisite
Créditos da Imagem: Avisite