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Desempenho do frango vivo no primeiro decêndio de junho
12/06/2017
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Uma vez que há 10 semanas (mais exatamente, 72 dias) o frango vivo comercializado no interior paulista permanece não só com a mesma cotação – R$2,50/kg – mas também absolutamente alheio às variações de mercado, a esta altura há pouco a acrescentar sobre esse comportamento, já que ele vem sendo comentado semanalmente.
De diferente, no momento, apenas o rompimento da variação de preços “zero” em relação ao mesmo mês do ano anterior, como ocorreu em maio passado. Mas apenas porque não se repete, neste ano, o mesmo desempenho de junho de 2016 quando, em apenas 11 dias, o preço do frango vivo experimentou incremento de 18% - valorização média de 1,5% ao dia.
Ou seja: devido à atual estagnação da cotação, o frango vivo paulista fechou o último sábado (10) com um valor 9% menor que o de um ano atrás e, no mês, enfrenta redução de 11% - índice que tende a se manter no restante do período, pois vêm sendo pequenas as possibilidades de alguma alteração.
E o que parece pesar mais nessa, digamos, apatia, não é a produção e, sim, o consumo. Pois, considerados os últimos dados da APINCO relativos à produção de pintos de corte (alojamento de abril de 2017, portanto, frangos cujos abates terminam nesta semana), o volume alojado permanece significativamente aquém do alcançado há um ano (quando, aliás, já ocorria certa retração na produção, forçada pelos altos custos das matérias-primas).
Mas o consumo retraído não é o único causador dessa “estagnação indefinida”. Pois, pela primeira vez em anos, o País registra uma “safra” de carne bovina. “Safra” entre aspas, esclareça-se, porque determinada por desdobramentos de caráter político, não pelas razões sazonais habituais (chegada do inverno).
Essa “safra”, infelizmente, vem derrubando os preços do boi em pé, principal balizador do mercado de carnes. E ainda que, desta vez, o frango não vá atrás, seus preços tendem a permanecer em absoluta estagnação.
Fonte: AviSite - Redação
Créditos da Imagem: AviSite