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Desempenho do frango vivo na primeira semana de novembro
07/11/2016
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O frango vivo comercializado no interior paulista percorreu a primeira semana de novembro (1 a 5, quatro dias de negócios) com a mesma cotação alcançada em 31 de agosto passado.
Como – apesar da semana favorável ao consumo – o mercado de aves vivas dá poucas mostras de revitalização, não será surpresa completarem-se, amanhã (dia 8), 10 semanas (70 longos dias!) de comercialização pelo valor, inalterado, de R$3,10/kg.
Uma vez que, nestes últimos meses, os custos de produção vêm apresentando redução ou, pelo menos, estabilização, não chega a causar maior preocupação o fato de, há mais de 60 dias, ser registrada evolução “zero” no valor pago ao produtor.
Porém, extremamente preocupante é a constatação de que, comparativamente à remuneração de um ano atrás, a variação dessa cotação também se torna igual a “zero”.
Em outras palavras, um ano se passou, o setor não se recuperou das elevadas perdas acumuladas no decorrer do exercício, o custo de produção permanece extraordinariamente alto (no momento, o milho está cerca de 20% mais caro que no início de novembro de 2015) e, ainda assim, o frango vivo continua com o mesmo valor nominal registrado há doze meses: R$3,10/kg. O que, frente a uma inflação acumulada próxima de 8%, significa que está valendo, realmente, não mais que R$2,85/kg.
Notar que esse retrocesso é exclusivo do frango vivo, não atingindo o frango abatido que, no atacado paulistano, fechou a primeira semana de novembro valendo perto de 10% mais que há um ano. Mas o comportamento diferenciado não tem nada de anormal, é típico de um setor cujos processos produtivos estão cada vez mais integrados. Sob esse aspecto, toda produção independente vai se descaracterizando no decorrer do tempo e perdendo a importância anterior.
Fonte: Avisite
Créditos da Imagem: Avisite