Nem mesmo a reposição mais intensa observada na segunda e terça-feira foi suficiente para alterar a marcha do frango abatido neste mês de janeiro: com a oferta superando a demanda, na terceira semana de 2023 (15 a 21, cinco dias de negócios) o produto sofreu alteração mínima nos valores praticados, mantendo a estabilidade de preço da semana anterior, mas operando em mercado fraco.

Naturalmente, é raro o fato de, mesmo iniciada a segunda quinzena, os preços terem permanecido inalterados. Isso, porém, ocorreu também em janeiro de 2022. Mas não só: como há um ano, o frango abatido completa os dois primeiros decêndios do mês valendo quase 10% menos que na abertura do exercício.

Sob tal panorama, estes próximos dias de negócios tendem a ser cruciais, pois é visível a perspectiva de continuarem se repetindo os mesmos movimentos de janeiro do ano passado. E, sob esse aspecto, foi na quarta semana do mês que se registraram os menores valores de 2022.

Se isso voltar a ocorrer fica, pelo menos, a perspectiva de que, antes mesmo do encerramento de janeiro (como foi registrado há um ano), comece a reversão do mercado. Então – não custa lembrar – os preços permanecerem em alta pelos dois meses e meio seguintes, alcançando o melhor resultado do ano em meados de abril.

De toda forma e apesar dos pesares, o frango abatido completou dois terços do mês com um valor médio quase 11% superior ao de janeiro de 2022, o que não ocorre com o frango vivo que – total e exclusivamente dependente do comportamento do abatido – consegue, na média, valor menos de meio por cento acima do registrado um ano atrás.

Isto – ressalte-se – frente a um custo que, em dezembro passado (dados da Embrapa Suínos e Aves), já se encontrava quase 15% acima da cotação ora registrada e que, por sua vez, atua apenas como um referencial, pois lotes não programados de aves vivas só conseguem colocação, quando conseguem, com descontos os mais variáveis.

Fonte: AviSite
Crédito de Imagem: AviSite