Devido ao Carnaval, a maior parte dos negócios com frango abatido da semana passada se concentrou em apenas três dias. Mas foi o suficiente para que o período fosse encerrado (sexta-feira, 4) com uma valorização de mais de 6% sobre fechamento da semana anterior. Ou, se consideradas as última três semanas (de 11 de fevereiro para 4 de março), com um incremento que supera os 15%.

O ganho é significativo, mas o que chama a atenção, neste caso, é que a valorização praticamente contínua registrada nessas três semanas teve seu ponto de partida na segunda quinzena de fevereiro – fato raro no período, normalmente marcado pelo arrefecimento das vendas e dos preços.

Em outras palavras, ainda que o início de novo mês venha dinamizando as vendas , ocorreu, tudo indica, um ponto de inflexão na relação oferta/procura. Ou seja: as disponibilidades atuais são menores que as de meses anteriores, reação compreensível frente aos prejuízos que vêm sendo enfrentados.

Fortalece essa tese o fato de também o frango vivo ter passado a operar em mercado firme, condição que não era observada desde, praticamente, todo o último trimestre de 2021. Assim, em apenas três dias de negócios (3, 4 e 5 de março) – e depois de permanecer quase oito meses sem registrar nenhum aumento – a ave viva comercializada no interior paulista obteve R$0,30/kg de correção, seu preço passando de R$4,90/kg para R$5,20/kg.

Obviamente, os ganhos atuais, tanto do frango vivo quanto do abatido, continuam insuficientes para atender às necessidades do setor produtor. Mas a firmeza de mercado deixa claro que a fase de recuperação está apenas começando e tende a continuar.

Fonte: Avisite