O frango abatido atravessou a quarta semana do mês (20 a 26, cinco dias de negócios) registrando novos ajustes de preço. A impressão que se tinha na semana anterior, quando começou a segunda quinzena, era a de que os preços então registrados – relativamente estáveis no decorrer do período – iriam corresponder ao pico de março. Como isso não ocorreu e o mercado, quase findo o mês, continua ativo, a conclusão é a de que a oferta permanece restrita.

Idêntica conclusão se aplica ao frango vivo. Pois ainda que tenha obtido apenas uma correção de preço logo no início da semana, mantendo na sequência a mesma cotação, seus negócios continuaram sendo realizados em terreno firme, outra indicação de que também aqui a oferta permanece restrita.

À primeira vista, a estabilidade deveria prevalecer no setor, já que estamos no final de março. Mas abril já está batendo às portas e, assim, novos ajustes podem ser registrados antes mesmo da virada do mês.

Por ora (quatro primeiras semanas de março), o frango abatido, cotado em média a R$6,75/kg, apresenta valorização de pouco mais de 24% tanto sobre o mês anterior como sobre o mesmo mês de 2021.

Por sua vez o frango vivo, ao registrar até aqui valor médio de R$5,88/kg, obtém valorização mensal de 20% e anual de quase 26%.

Note-se, de toda forma, que enquanto o frango vivo registra, no momento, a maior cotação nominal de todos os tempos (8,3% a mais que o recorde de R$6,00/kg, alcançado e mantido por 112 dias entre 15 de julho e 3 de novembro de 2021), o abatido obtém apenas a melhor cotação dos últimos cinco meses, sua cotação atual permanecendo 9% abaixo do recorde de, aproximadamente, R$8,00/kg, registrado em meados de setembro do ano passado.

Mas o que mais chama a atenção em março corrente é o fato de, mesmo o mês quase terminando, o mercado continuar firme e em alta – um comportamento absolutamente oposto ao de, praticamente, todos os meses anteriores. Isso levar a conjecturar que abril, com as comemorações da Páscoa, promete muito mais.

Fonte: Avisite