Até, pelo menos, a semana que passou, o frango abatido continuou batendo recordes. Alcançou no período (12 a 16 de maio, 3ª semana do mês de maio e passagem da 1ª para a 2ª quinzena) valor médio de R$8,88/kg, resultado 1,37% superior ao da semana anterior e o melhor desempenho semanal até agora registrado.

Como efeito, fechou as três primeiras semanas do mês cotado a, praticamente, R$8,77/kg, valor 0,85% superior ao de abril passado e quase 20% acima do registrado há um ano, neste mesmo mês.

A atual média mensal corresponde, também, a um novo recorde, comprovando a firmeza do mercado. Mas, ao contrário do esperado, essa firmeza não se refletiu sobre a ave viva. Opostamente, a demanda anterior, já fraca, recuou ainda mais, fazendo com que a cotação máxima de R$6,50/kg, vigente no mercado paulista por quase seis semanas (desde os primeiros dias de abril passado), perdesse toda a sustentação anterior.

Com isso, em São Paulo, a semana foi encerrada com valor máximo de R$6,40/kg, enquanto em Minas Gerais prevaleceram (AVIMIG) os R$5,90/kg, valor que vem sendo praticado desde 8 de maio.

O que vai acontecer daqui para a frente é uma absoluta incógnita. Pois ainda que esses dois mercados, paulista e mineiro, permaneçam equilibrados em termos de oferta e procura, o caso gaúcho de IAAP vai gerar enorme manipulação, extensível a todo o País.

Em suma, tudo pode acontecer. E o jeito, agora, é acompanhar o desenrolar da situação. Mas sem se deixar levar por muitas das versões (muitas delas “fakes”) que no momento correm por aí.

Nesse episódio, apenas um fato é certo: se existe no mundo um País capacitado a lidar com a IAAP, esse país é o Brasil. Vem se dedicando ao problema há, praticamente, um quarto de século (sim, desde o início dos anos 2000) quando, através dos técnicos (dos setores público e privado) que na época participavam da FACTA, ficou claro que a questão não era “se” a doença chegaria até nós, mas simplesmente “quando”. Na resposta atual, pois, está contida uma preparação que há tempos alcançou a maioridade.

Fonte: AviSite

Créditos de Imagem: AviSite