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Defasagem de preço do frango vivo em relação ao milho e ao farelo de soja ainda é elevada
06/06/2022

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Defasagem de preço do frango vivo em relação ao milho e ao farelo de soja ainda é elevada

Neste ano, o frango vivo vem registrando evolução de preços superior à de suas duas principais matérias-primas, o milho e o farelo de soja. Assim, comparativamente aos valores registrados no fechamento de 2021, o frango vivo chegou a maio passado com um valor quase 23,5% superior, enquanto a variação de preço do farelo de soja não chegou a 5% e a do milho foi pouco além de 1% (4,67% e 1,16%, respectivamente).

Não só: em relação a maio de 2021, a cotação do frango no mês que passou subiu 17%, desempenho que configura comportamento oposto aos do milho e do farelo de soja, cujas cotações em 12 meses recuaram 11,37% e 1,63%, também respectivamente.

Tais resultados, como é natural, levam a concluir que os grandes males enfrentados pelo setor produtivo (motivo das maiores queixas nos últimos dois anos) foram superados e que, enfim, a atividade retorna ao status anterior.

Nada mais equivocado, porém. Porque, retroagindo-se as comparações a tempos que hoje são considerados “velhos normais” – isto é, antes da pandemia e da explosiva alta de preços das duas matérias-primas – é possível constatar que as defasagens persistem.

O gráfico abaixo deixa isso bem claro ao demonstrar que, em relação aos valores médios alcançados em 2019, milho e farelo de soja, com evolução de preços bastante similar, chegaram a maio de 2022 negociados por valor mais de 120% superior. Já a valorização obtida pelo frango vivo (e que se reflete da mesma forma sobre o frango abatido) ficou próxima, mas ainda aquém dos 90%.

Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite