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Custos estabilizados garantem fôlego à avicultura
10/09/2025

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Com custos de produção sob controle, a avicultura brasileira conseguiu manter o spread do frango abatido dentro da média histórica em agosto. No entanto, os preços da carne de frango continuam enfraquecidos, pressionados pela ausência de demanda da China e da União Europeia, que seguem com restrições às importações desde a confirmação de casos de gripe aviária no Rio Grande do Sul, em maio.

De acordo com o Itaú BBA Agro, a ave inteira congelada em São Paulo fechou agosto cotada a R$ 7,28/kg, recuo de 0,4% frente a julho e alta de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2024. Apesar da retração nos preços, a produção manteve-se estável, sem redução de ritmo, mesmo diante das barreiras externas.

Segundo resultados preliminares da Pesquisa Trimestral de Abates do IBGE, o abate de frangos no segundo trimestre de 2025 ficou estável em comparação ao primeiro trimestre e cresceu 1,1% frente ao mesmo período de 2024. Já a produção de carne avançou 2,4% ante o trimestre anterior e 2,7% em relação ao ano passado, reflexo do aumento no peso médio das carcaças. Os alojamentos de pintos de corte também superaram os níveis de 2024.

No mercado externo, as exportações de carne de frango in natura somaram 344,7 mil toneladas em agosto, praticamente estáveis frente a julho, mas 3,2% menores que em agosto de 2024. No acumulado do ano, o recuo foi de 10,5%. Contudo, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), considerando frango in natura e processados, a queda até agosto é de apenas 1,1%.

A expectativa do setor é de recuperação gradual, após o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciar no início de setembro que a União Europeia reconheceu o Brasil como livre de gripe aviária, abrindo caminho para a retomada das exportações ao bloco.


Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro

Créditos de Imagem: O Presente Rural