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Custo de produção do frango permanece no segundo maior patamar de todos os tempos
18/08/2021

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Custo de produção do frango permanece no segundo maior patamar de todos os tempos

Após ligeiro recuo de maio para junho, o custo de produção do frango voltou a registrar novo aumento em julho. Moderado, é verdade, mas ainda assim o segundo maior custo de todos os tempos.

O levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves apontou que em julho passado o custo de produção do frango ficou em R$5,18/kg, resultado que correspondeu a um aumento de menos de meio por cento em relação ao mês anterior. Apesar do retrocesso, o valor alcançado representou queda de apenas 1,7% sobre o recorde alcançado em maio passado, com isso permanecendo no segundo maior nível já enfrentado pelo setor produtivo.

As variações mensal ou bimestral foram mínimas frente ao incremento anual. Ou seja: comparativamente ao valor praticado doze meses antes, em julho de 2020, o custo levantado no mês passado apresentou aumento de 50,5%. E um índice muito próximo – 52,6% - é encontrado ao se comparar a média do período janeiro-julho de 2021 (R$4,99/kg) com os mesmos sete meses de 2020 (R$3,27/kg).

É bem provável que, de agosto em diante, esses elevados índices sofram alguma diluição. Mas não porque ocorra alguma retração significativa do custo e, sim, devido à escalada ainda maior do custo no segundo semestre de 2020.

Note-se, a propósito, que entre janeiro e julho do ano passado o custo levantado pela Embrapa Suínos e Aves apresentou aumento de 43 centavos (+14,28%). Já entre julho e dezembro o incremento foi de 91 centavos (+26,5%), tendo continuidade no corrente exercício, com acréscimo de 60 centavos (+13% de janeiro para julho). Assim, comparado o custo mais recente com aquele registrado no início de 2020 tem-se uma evolução de 72%.

Tais elevações são devidas, na maior parte, à alimentação que, nesse período, acumulou aumento próximo de 90%. Ou seja: todos os demais custos envolvidos na produção do frango (um deles – pintos de um dia – também dependente da alimentação) sofreu aumento inferior a 35%.

Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite