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Cortes agora representam mais de três quartos da carne de frango exportada pelo Brasil
13/10/2025
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Com a retomada dos embarques, pelo menos dois dos quatro principais itens de carne de frango exportados pelo Brasil já apresentam resultado positivo em 2025. No acumulado até agosto passado, apenas os industrializados registravam aumento de volume em relação a 2024. Agora, nos nove primeiros meses deste ano, também os cortes superam – ainda que por margem mínima – o que foi embarcado entre janeiro e setembro do ano passado. Frango inteiro e carne de frango salgada continuam com resultados negativos.
Ainda que seu ganho atual seja pequeno – menos de meio por cento – os cortes apresentam o resultado de maior significado, por representarem três quartos das exportações totais. Mas como o preço médio alcançado se encontra mais de 2% aquém do registrado em idêntico período de 2024, a receita por eles gerada é 1,67% menor.
Mais expressiva, no entanto, é a perda de receita do frango inteiro, 8,29% inferior à dos mesmos nove meses do ano passado. Ela corresponde a uma perda de faturamento da ordem de US$114 milhões – quase um terço a mais que a perda dos cortes, cujo faturamento recuou pouco mais de US$86 milhões. Efeito, no frango inteiro, da redução de quase 1% no preço médio e de pouco mais de 7,5% no volume embarcado.
A carne de frango salgada, cujo destino principal tem sido a União Europeia (em 2024, mais de 72% do total; neste ano apenas 50%), continua com um volume 16,5% inferior. Mas a diferença a menos (no momento de pouco mais de 17 mil toneladas), tende a ser revertida até novembro próximo. Porém, independente disso, como o preço valorizou-se em 32,61%, a receita cambial atual já se encontra 4,4% acima da obtida nos três primeiros trimestres de 2024.
Como estão menos afeitos aos embargos, os industrializados permanecem como o único item exportado a registrar resultado positivo tanto no volume, como no preço e, por decorrência, também na receita cambial. Mas ainda que alcancem quase o dobro do preço do frango inteiro, respondem por apenas 2,5% do volume exportado e por menos de 9% da receita cambial total.
A destacar que – pela primeira vez na história cinquentenária das exportações brasileiras de carne de frango -a participação dos cortes no volume exportado alcança e supera a marca dos 75%.
Tal participação é 27% superior à registrada 10 anos atrás e implicou em reduções de 40%, 30% e 42% na participação, respectivamente, do frango inteiro, industrializados e carne salgada. Ou, traduzindo em valores nominais, enquanto o volume de cortes aumentou 52%, o de frango inteiro recuou 28%, o de industrializados 17% e o de carne de frango salgada 31%. O que não impediu que o total exportado no período aumentasse 20% – de 3,128 milhões de toneladas nos nove primeiros meses de 2015 para 3,757 milhões de toneladas em idêntico período deste ano.
Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite / Banco de Imagens ASGAV