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Conab reduz previsão da safra de grãos para 2021
11/06/2021

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Conab reduz previsão da safra de grãos para 2021

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para baixo a estimativa da safra de grãos este ano no País. Segundo a companhia, as condições climáticas adversas registradas durante o cultivo da segunda safra afetaram as projeções de produtividade nas lavouras, reduzindo a previsão em 9,57 milhões de toneladas. A queda atinge principalmente a cultura do milho. Com isso, a expectativa é que a produção atinja 262,13 milhões de toneladas no período 2020/2021.

No Rio Grande do Sul, o aumento na produção foi da ordem de 40,8%, saindo de um volume de 26,33 milhões de toneladas para 37.090,3 milhões de toneladas, com uma elevação expressiva (81,7) da soja, passando de 11,44 milhões de toneladas e, 2019/2020 para 20,78 milhões de toneladas 2020/2021. A área plantada no Estado no ciclo cresceu 2,9%, para 9,27 milhões de hectares.

Os números constam do 9º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Conab. Apesar da queda na comparação com a estimativa do mês anterior, o volume total a ser colhido em 2021 deve superar em 2% ou 5,11 milhões de toneladas a safra de 2019/20.

A companhia disse, ainda, que na principal cultura cultivada na segunda safra, o milho deve apresentar uma redução na produtividade, impactado pela baixa ocorrência de chuvas entre abril e maio. “Com isso, a estimativa é que a produção total do cereal chegue a 96,4 milhões de toneladas, sendo 24,7 milhões de toneladas na primeira safra, 69,9 milhões na segunda e 1,7 milhão na terceira, uma redução de 6% sobre a produção de 2019/20. A queda esperada se deve, sobretudo, ao retardamento da colheita da soja e, em consequência, o plantio de uma grande parte da área do milho segunda safra fora da janela indicada”, explicou a Conab.

No caso da soja, a situação é inversa. A colheita da oleaginosa indica um crescimento de 8,8% em relação à produção da safra 2019/20, o que representa acréscimo de 11 milhões de toneladas. Com isso, a produção deve ficar em 135,86 milhões de toneladas, resultado que garante o Brasil na posição de maior produtor mundial da leguminosa.

A Conab disse esperar que a safra do feijão se mantenha próxima a três milhões de toneladas. Com a produção de três safras, apenas a primeira foi encerrada. A segunda ainda está sendo colhida e a terceira encontra-se em fase de semeadura.

O arroz tem produção estimada em 11,6 milhões de toneladas, aumento de 4% frente ao volume produzido na safra anterior. A plantação atinge uma área de 1.684 mil hectares, incremento de 1,1% em relação à safra anterior.

“Na última semana de maio, já havia 99% da área total colhida. Houve a intensificação da colheita a partir de março, a qual está com as operações em uma evolução similar ao da safra anterior”, informou o órgão.

No caso das culturas de inverno, o plantio foi iniciado em abril e intensificado em maio. Destaque para o trigo, produto no qual as estimativas preliminares indicam uma área plantada de 2,5 milhões de hectares e uma produção de 6,94 milhões de toneladas.

“As condições climáticas estão irregulares, principalmente no que se refere às precipitações, porém, a expectativa é de uma incidência mais regular das precipitações para garantir umidade adequada nos solos, viabilizando a germinação, emergência e desenvolvimento inicial das lavouras”, detalha levantamento da Conab.

O estudo acrescenta que a área plantada deve apresentar um crescimento de 4,2% em comparação com a safra anterior, chegando a 68,7 milhões de hectares. Destaque para a soja, com expansão de 1,6 milhão de hectares, e para o milho segunda safra com ganho de 8,4%, o que corresponde a 1,15 milhão de hectares.

Fonte: Jornal do Comércio
Créditos da Imagem: WENDERSON ARAUJO/CNA/JC