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Conab reduz ainda mais a previsão para a safra do RS
11/03/2020

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Conab reduz ainda mais a previsão para a safra do RS

O Rio Grande do Sul deve colher 16,87 milhões de toneladas de soja e 4,58 milhões de toneladas de milho, volumes respectivamente 12,0% e 20,5% inferiores aos d a safra 2018/2019, que foram de 19,18 milhões de toneladas e 5,76 milhões de toneladas.

A nova projeção foi divulgada ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e confirma que os cálculos de perdas – causadas essencialmente pela estiagem – cresceram de fevereiro para março e ainda podem crescer nas próximas semanas. No levantamento anterior, do início de fevereiro, a projeção era de que o Estado colheria 18,05 milhões de toneladas de soja e 5,05 milhões de toneladas de milho.

“Do milho semeado mais tarde, cerca de 20% foi perdido. A outra parte (80%) não foi totalmente aproveitada e inclusive o milho irrigado teve perdas”, observou o assessor da Superintendência Regional da Conab do Rio Grande do Sul, Carlos Roberto Bestétti. Ele explica que o melhor resultado do cereal ocorreu na Fronteira Oeste e em parte das Missões. “A quebra é contínua e crescente na proporção em que se afasta dessas localidades e culmina no centro do estado, onde o resultado é pior”, descreve, traçando um mapa da intensidade da incidência da estiagem.

A soja, que ainda não concluiu seu ciclo, depende de como o tempo vai se comportar nas próximas semanas. “Se chover, pode cessar o aumento dos danos. Se não chover, o prejuízo vai aumentar”, destaca Bestétti.

Já a colheita do arroz, cultura irrigada, sofrerá pequena queda, de 0,4%, na comparação com a safra anterior, resultado considerado normal até porque houve redução de 6% na área cultivada. “A redução do arroz não foi causada pela estiagem, mas pela semeadura fora da janela de plantio”, diz o assessor.

Sem considerar o trigo, que é cultura de inverno, a produção total de grãos do Estado vai cair 10,9% do ciclo anterior para o atual, de 32,4 milhões para 28,9 milhões de toneladas. Esse recuo não causa grande impacto na safra brasileira, que tem prognósticos positivos.

BRASIL

“O Rio Grande do Sul responde por 12,6% da safra nacional. O resultado local corresponde a uma queda de 1,5% (do total do país) e não atinge o conjunto porque as outras regiões estão bem”, ressalva Bestétti. No cenário nacional, a previsão é de uma colheita de 251,9 milhões de toneladas, novo recorde histórico.

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Wikipedia