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Com o melhor dezembro de todos os tempos, exportação de carne de frango aumentou quase 9% em 2023
08/01/2024

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Em dezembro, os embarques brasileiros de carne de frango – considerado somente o produto in natura – somaram 435.289 toneladas, resultado que significou aumento de mais de 20% – tanto sobre o mês anterior, como sobre o mesmo mês de 2022. Foi não só o melhor dezembro de todos os tempos, mas também o segundo maior volume do ano que passou, pois ficou aquém, apenas, das pouco mais de 484 mil toneladas registradas no mês de março.

À primeira vista, tal desempenho põe por terra a premissa de que, normalmente, os embarques de todo final de ano são menores por ocorrerem no momento em que os importadores já formaram seus estoques para o período de Festas. Porém, o excepcional desempenho deste último dezembro está ligado, sem dúvida, ao fato de o Brasil permanecer, entre os grandes exportadores mundiais, com seus planteis livres da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Também à primeira vista, o bom resultado de dezembro parece estar relacionado a uma forte desvalorização do produto, visto que o preço médio do mês ficou quase 15% abaixo do alcançado em dezembro do ano retrasado. O que não deve ser ignorado, no entanto, é que os preços registrados na maior parte de 2022 estiveram fora da curva, alcançando recordes históricos. Assim, os valores atuais podem ser considerados um retorno à normalidade. Tanto que o valor médio alcançado no ano ficou cerca de 11% acima do registrado no triênio 2020/2022.

Com o último resultado, o volume acumulado no ano ultrapassou os 4,8 milhões de toneladas, superando em quase 9% o que foi exportado em 2022 e correspondendo a novo recorde anual – um desempenho que se repete pelo terceiro ano consecutivo e que se estende, também à receita cambial, a maior dos últimos três anos.

Mas como, neste último caso, o preço médio anual recuou 7%, o incremento na receita – da ordem de US$8,982 bilhões – não foi muito além de 1%. Parece pouco, mas notar, de toda forma, que esse resultado não difere muito do obtido pelas exportações globais brasileiras que, segundo a SECEX/ME, registraram no ano um aumento de receita que também não chegou a 2%.

Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite