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Caso de gripe aviária no Uruguai alerta produtores
15/02/2023

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Caso de gripe aviária no Uruguai alerta produtores

Empresas da região reforçam protocolos e restringem visitas para evitar contaminação nas granjas

O Ministério da Agricultura do Uruguai confirmou nesta semana o primeiro caso de influenza aviária. A detecção ocorreu em um cisne negro, ao Sul do país. Há suspeitas ainda de infecções de aves silvestres na Argentina. No Brasil a doença nunca foi registrada, mas preocupa o setor avícola.

Além do risco à saúde humana e à sanidade animal, a proliferação da doença pode causar bloqueios temporários e suspender exportações. Na região, cooperativas a exemplo da Dália e Languiru reforçaram os protocolos com a restrição de acesso nas granjas.

De acordo com o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), José Eduardo dos Santos, a confirmação da doença em área próxima ao estado é motivo de alerta máximo. "Estamos em período migratório de aves silvestres, o que gera ainda mais preocupação."

Conforme Santos, o caso registrado com ave silvestre, a exemplo do Uruguai, não suspenderia o comércio de exportação de produtos avícolas, ao mesmo tempo, requer ações para blindar a produção gaúcha. "Reforçamos as orientações sobre a biosseguridade nos diferentes sistemas produtivos."

Entre os cuidados sanitários já adotados, estão a proibição total de entrada de visitantes às granjas. Técnicos das integradoras e do serviço estadual também atuam no controle do fluxo de aves, verificação da qualidade de rações e água, desinfecção de veículos e verificações de telas para evitar contato com aves migratórias nos galpões.

A transmissão pelo vírus contamina aves e pode infectar pessoas em casos esporádicos. Entre os sintomas nas aves estão tosse, espirro, fraqueza e hemorragia nos músculos.

Campanha de conscientização

O reforço nas orientações aos produtores ocorre em um momento em que diversas grandes nações produtoras da Ásia e Europa registram surtos da enfermidade em núcleos avícolas. Milhares de aves tiveram que ser abatidas para o controle dos surtos.

"O Brasil é a única nação entre os grandes produtores a nunca registrar a enfermidade em seu território. É uma vitória que trabalhamos muito para preservar. Por isso, constantemente reforçamos nossas ações de conscientização para cuidarmos de nosso status sanitário, um dos valores mais preciosos de nossa produção", avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Fonte: Jornal A Hora
Créditos da Imagem: Jornal A Hora