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Carnes: ABPA defende ações para ampliar mercados
29/05/2019
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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) entregou ontem ao Ministério das Relações Exteriores uma lista de mais de 30 mercados em que o Brasil tem enfrentado barreiras para abrir comércio ou aumentar as exportações de carne suína e de aves. O documento foi repassado ao diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores, Alexandre Peña Ghisleni, em reunião na sede da entidade.
De acordo com o presidente da ABPA, Francisco Turra, os fatores que mais dificultam hoje as negociações são imposição de tarifas e questionamentos sobre como o Brasil tem tratado pautas ambientais, de bem-estar animal e defesa sanitária. Os importadores querem saber, por exemplo, informações sobre desmatamento e por que o uso da vacinação contra febre aftosa segue em áreas livres da doença.
Segundo Turra, Ghisleni fez um relato sobre as pendências em aberto, informou que sua equipe de trabalho está à disposição para ajudar a destravar os mercados e solicitou que a associação ajude o governo a prestar esclarecimentos para dissolver medidas restritivas em países como Indonésia, Índia, México e Coreia do Sul. “O maior problema de perdermos mercado ou de baixar as exportações é a demora do Brasil em reagir”, diz Turra, ao defender que o governo invista em mostrar uma imagem positiva para o mundo, a exemplo de campanhas que a ABPA já vem fazendo. “Tem pontos que precisamos esclarecer. Havia questões que implicavam como trabalho escravo e trabalho infantil, mas que hoje aparecem bem menos”, diz.
FRIGORÍFICOS. Em relação à expansão das exportações, na semana passada o Ministério da Agricultura (Mapa) repassou ao governo chinês uma lista com indicação de 30 frigoríficos brasileiros que estariam aptos a vender àquele país. A listagem contempla exportadoras de carnes bovina, de aves, suína e asinino (jumento). Plantas instaladas no Rio Grande do Sul também pleiteavam entrar na relação, mas o Mapa não informou os nomes das empresas sugeridas. A ministra Tereza Cristina diz esperar que, em 30 dias, a China dê uma resposta sobre quais e quantos frigoríficos serão habilitados. “Conseguimos fazer com que a coisa caminhasse, agora eles vão examinar”, ressaltou a ministra. O envio da lista foi acordado durante missão ao país asiático.
Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV