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Carne de frango: evolução de preços de Brasil e EUA
08/03/2017
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Os dados relativos aos dois primeiros meses de 2017 são preliminares e, por isso, tendem a sofrer alterações. Mesmo assim fica claro que os preços obtidos pelo Brasil na exportação de carne de frango continuam superiores aos registrados dez anos atrás, fato que não ocorre com o produto exportado pelos EUA.
Excetuadas as valorizações excepcionais obtidas pelo Brasil em 2008 e 2011 (comparativamente à média de 2007, preços 31% e 44% superiores, respectivamente), a realidade é que em boa parte do período analisado os dois países apresentaram índices de evolução bastante similares. Tanto que em 2014 o valor relativo do frango brasileiro (base: 2007 = 100) ficou apenas 6,5 pontos percentuais acima do norte-americano (Brasil: valorização de 13,8%; EUA: valorização de 7,3%). Mas, como se nota, ambos já mostravam tendência de retorno aos mesmos níveis de 2007.
O surto de Influenza Aviária que atingiu os EUA alterou essa tendência. Pois, embora ainda em queda, os preços brasileiros fecharam 2016 com um índice de valorização 6,2% superior ao de 2007, enquanto os norte-americanos registraram desvalorização de 2,2%.
Seria de se esperar que, com o controle do surto de IA ainda em 2016, os preços da carne de frango dos EUA no mercado internacional voltassem a evoluir positivamente. Mas os primeiros dados da FAO relativos a 2017 mostram que isso não está ocorrendo, pois o recuo prossegue – a ponto de se registrarem preços quase 10% inferiores aos de 2007.
Já os preços do Brasil seguem caminho inverso. Nos dois primeiros meses de 2017 superaram a média registrada em 2016 (US$1.532/t, pelos números da FAO) e alcançaram valor médio (US$1.640/t) bem próximo da média de 2015 (US$1.642/t).
A tendência é de superação desse valor ainda no primeiro semestre de 2017 – possibilidade que se torna mais concreta após a detecção de novo surto de IA nos EUA.
Mas ainda que se superem as médias de 2015 e 2016, permanece como desafio retornar à média registrada em 2014, uma das três maiores dos últimos 10 anos. Para tanto, o preço do corrente exercício precisa valorizar-se mais de 25% em relação a 2016 e, por ora (primeiro bimestre) a valorização obtida, embora expressiva, permanece inferior a 10%
Fonte: AviSite - Redação
Créditos da Imagem: AviSite