Não se podia esperar outro resultado. Pois ainda que o volume produzido no mês tivesse aumento pouco significativo (+1,58%), o simples fato de as exportações terem recuado 15% em relação ao mesmo mês do ano anterior conduzia naturalmente a um expressivo aumento da disponibilidade interna.

Mas os números finais acerca dos possíveis resultados da disponibilidade interna de carne de frango em janeiro de 2019 vão bem mais além do que se poderia esperar. Porque, principalmente, o total projetado – 910.673 toneladas - corresponde ao maior volume mensal da história do setor, apresentando aumentos de (quase) 8% e 15% sobre, respectivamente, o mesmo mês do ano passado e o mês anterior.

De toda forma, a disponibilidade interna estimada para os 12 meses encerrados em janeiro de 2019 permanece inferior à de idêntico período anterior, com redução que, embora mínima (-0,24%), representa menor disponibilidade per capita do produto.

Notar (gráfico abaixo, à direita) que em janeiro, novamente, a disponibilidade interna correspondeu a mais de 75% da produção total, como já havia ocorrido em abril e junho de 2018. Lembrar, no entanto, que os resultados do quadrimestre abril/julho de 2018 foram influenciados por mudanças na sistemática de computação dos dados de exportação da SECEX/MDIC.

Talvez o ideal seja considerar, não os máximos e mínimos então registrados, mas a média do quadrimestre, algo em torno dos 70%. Isso feito, essa poderá ter sido a primeira vez em décadas que as exportações absorvem menos de 25% da produção brasileira de carne de frango.

Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite