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Brasil puxa aumento da produção mundial de milho
13/12/2016
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Uma perspectiva mais otimista para a colheita brasileira de milho na safra 2016/17 turbinou a estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a produção do cereal ao redor do planeta, sinalizando mais pressão sobre as cotações internacionais.
Em relatório divulgado na sexta-feira, o órgão aumentou sua projeção para a produção mundial do cereal em 9,2 milhões de toneladas, para 1,039 bilhão de toneladas. Apenas para a safra no Brasil, a estimativa foi elevada em 3 milhões de toneladas, para 86,5 milhões de toneladas. Em relação à safra passada, abalada pelos efeitos do fenômeno El Niño, esse volume representa um aumento de 29%, além de um recorde.
O cálculo do USDA para a safra brasileira veio na contramão do que indicou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que na quinta-feira reduziu sua projeção para 83,8 milhões de toneladas. Na avaliação do órgão americano, a produção brasileira será beneficiara por aumento da produtividade e avanço na área cultivada.
Com a perspectiva de uma oferta maior no Brasil, o USDA também elevou sua estimativa para as exportações de milho do país em 2,5 milhões de toneladas, para 28 milhões de toneladas. Esse volume, entretanto, representa uma redução de 18,5% ante a safra anterior. Já para as importações brasileiras, o órgão manteve sua estimativa em 600 mil toneladas - o que pode representar um crescimento de 81% ante o último ciclo.
Para os EUA, cuja safra já foi colhida, o departamento manteve seu cálculo para a produção em 386,75 milhões de toneladas. Também foram mantidas as projeções para as exportações, em 56,52 milhões de toneladas, e para os estoques finais no país, em 61,05 milhões de toneladas.
Dessa forma, a conta global do USDA para as exportações de milho foi elevada em 3,45 milhões de toneladas, para 147,68 milhões de toneladas, enquanto a projeção para os estoques finais foi elevada em 4 milhões de toneladas, para 222,25 milhões de toneladas - um crescimento de 6,3% ante os estoques da última temporada.
Fonte: Valor Econômico - Camila Souza Ramos