Asgav Notícias

Brasil está próximo de voltar ao topo de atividade
05/09/2022

voltar
Brasil está próximo de voltar ao topo de atividade

O PIB do Brasil cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022 em relação ao trimestre imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, o quarto trimestre consecutivo de alta. Cabe mencionar que as altas dos dois trimestres anteriores foram revisadas para cima (4ºT/21: de +0,7% para +0,8%; 1ºT/22: de 1,0% para 1,1%). Com isso, a atividade econômica do País está 3,0% acima do patamar pré pandemia (4ºT/19). Além disso, a economia brasileira voltou ano nível de final de 2014 e está apenas 0,8% abaixo do pico da série histórica (4ºT/14).
Os Serviços puxaram o crescimento com avanço de 4,5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, com os melhores resultados vindos de Outras
atividades de serviços (+13,6%) onde estão computados os serviços presenciais, que estavam represados durante a pandemia, como os restaurantes e
hotéis, por exemplo. Em sentido contrário, houve retração na Agropecuária (-2,5%) que foi afetada pelas quedas nas safras de soja (-12,0%) e arroz (-8,5%). Por outro lado, houve aumento no milho (+27,0%) e café (+8,6%) bem como uma contribuição positiva da pecuária, com destaque para os bovinos.
De maneira geral, os resultados do PIB do segundo trimestre vieram em linha com a expectativas positivas que construímos após a divulgação dos dados do primeiro trimestre. O bom desempenho da economia decorreu principalmente da melhora nas condições de renda da população, seja pela continuidade na geração de postos de trabalho - com maior participação de empregos formais - e pelo aumento da renda disponível via redução de impostos federais de alguns produtos (IPI, PIS/PASEP e Cofins), bem como pelas medidas extraordinárias do Governo Federal (Saque Extraordinário do FGTS e adiantamento do 13°salário
para aposentados e pensionistas do INSS).
Para o próximo trimestre ainda esperamos um resultado positivo, pela continuidade da melhora do mercado de trabalho, redução de impostos sobre
combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, bem como pelos auxílios aprovados recentemente (aumento temporário do Auxílio Brasil para R$ 600, aumento do vale gás, auxílio para caminhoneiros e taxistas). Entre os fatores que podem pesar negativamente, podemos citar: 1) a incerteza trazida pelas eleições pode adiar investimentos; 2) a taxa de juros em patamar elevado e seus efeitos defasados sobre a economia; e 3) o cenário internacional mais adverso, com economias em desaceleração e juros em alta. Contudo, esses fatores devem impactar mais significativamente o crescimento do quarto trimestre.
Levando tudo isso em conta, atualizamos nossa projeção de PIB para o final de 2022 de 2,0% para 2,8% o que é compatível com uma alta na margem de 0,5% no terceiro trimestre e queda de 0,3% no quarto trimestre.

Fonte: Fiergs
Créditos da Imagem: Feed&Food