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Brasil aposta em expansão da avicultura em 2025, apesar de embargos temporários
08/07/2025

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Esperamos que os efeitos negativos dos embargos não sejam prolongados, dissipando-se sem comprometer o desempenho do ano, ainda que uma redução temporária no ritmo de produção possa ser necessária, o que já pode estar em curso.

Contribui para um cenário positivo o fato de termos boas colheitas de soja e milho em 2025, além dos sinais favoráveis para a safra norte-americana, o que deve manter os custos sob controle e preservar margens saudáveis.

Diante disso, consideramos razoável uma nova expansão da produção de carne de frango em 2025, bem como das exportações, renovando os recordes do ano anterior, inclusive o do consumo aparente.

O quadro global de enorme dispersão da gripe aviária, agora com todos os importantes países produtores e exportadores já tendo registrado casos, faz com que o Brasil, no relativo, se mantenha como um fornecedor global competitivo e com capacidade de resposta.

A manutenção desse protagonismo depende da continuidade das ações de biossegurança, do engajamento entre setor privado e governo, e da atuação diplomática junto aos países importadores. A vigilância deve ser constante, com prontidão para agir rapidamente em caso de novos focos.

Episódios como este reforçam a importância da gestão financeira robusta, com destaque para a preservação da liquidez e da flexibilidade operacional, permitindo às companhias atravessar períodos turbulentos com maior resiliência e capacidade de resposta. A experiência recente mostrou que eventos sanitários imprevisíveis, ainda que pontuais, podem gerar impactos imediatos sobre exportações, formação de preços e fluxo de caixa, exigindo das empresas planejamento dinâmico e medidas preventivas.

Além da liquidez, é fundamental manter uma diversificação de mercados para exportação, reduzindo a dependência de poucos destinos com protocolos mais rígidos ou respostas mais lentas. O mesmo vale para a diversificação de canais comerciais no mercado interno, que pode ajudar a escoar excedentes de forma mais eficiente em momentos de retração externa.

Também vale destacar a relevância de uma comunicação transparente e ágil com autoridades sanitárias e compradores internacionais, contribuindo para minimizar o tempo de embargo e manter a reputação do Brasil como fornecedor confiável.

Por fim, considerando a crescente frequência de surtos globais de doenças em aves, torna-se cada vez mais estratégica a integração entre sanidade, logística, comercial e finanças, para que as empresas consigam reagir com rapidez, limitar perdas e até capturar oportunidades em um ambiente volátil.

 

Fonte: Consultoria Agro Itaú BBA

Créditos da Imagem: O Presente Rural