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Avicultura gaúcha em movimento
11/06/2025

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Resiliência, estratégia e inovação impulsionam o setor no Rio Grande do Sul, que se consolida como líder nacional nas exportações de ovos

Apesar dos desafios climáticos, sanitários e logísticos, a avicultura do Rio Grande do Sul vem demonstrando sua força com números crescentes nas exportações, avanços tecnológicos e adaptação às exigências globais. Para entender melhor esse cenário, conversamos com José Eduardo Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), que fala sobre a retomada do setor após as enchentes de 2024, os gargalos ainda presentes e as perspectivas para a Conbrasul Ovos 2025.

Feed&Food – Como está o processo de retomada da avicultura gaúcha após os impactos das enchentes e dos desafios sanitários recentes?

José Eduardo Santos – Estamos retomando a produção e os mercados, ainda com reflexos das grandes enchentes e de questões sanitárias pontuais, como o episódio isolado de Doença de Newcastle. Mas o setor vem se reorganizando, entregando produtos com qualidade e voltando a ocupar seu espaço no cenário nacional e internacional.

F.F - Mesmo com embargos, o estado registrou alta nas exportações de ovos. A que se deve esse desempenho?

J.E.S - No primeiro trimestre de 2025, as exportações de ovos do Rio Grande do Sul cresceram 13%, o que é bastante significativo. Esse resultado é fruto direto da competência da cadeia produtiva e do empenho dos produtores em manter os padrões de biosseguridade e rastreabilidade exigidos pelos mercados mais rigorosos. Mesmo enfrentando adversidades, conseguimos crescer. Isso mostra o quanto o setor está fortalecido e atento às demandas globais.

FF – Quais são os principais entraves ainda enfrentados pelos produtores?

J.E.S – Os gargalos logísticos e tributários seguem sendo grandes desafios. O custo elevado do milho e da soja, que muitas vezes precisam ser importados de outros estados ou países vizinhos, pressiona as margens. Muitos produtores estão investindo na produção própria de grãos ou atuando em mercados futuros para se proteger da volatilidade. Além disso, há a questão da disparidade tributária entre os estados e a instabilidade climática, que afetam a previsibilidade da produção.

F.F - Há também uma pressão crescente por exigências sanitárias e ambientais. Como o setor está lidando com isso?

J.E.S - A sanidade e a preservação ambiental são deveres coletivos. Entendemos a importância do regramento, mas ele precisa ser exequível e compatível com a realidade do campo. Exigências que não consideram essa realidade podem inviabilizar a produção. Por isso, defendemos um equilíbrio entre rigor técnico e viabilidade operacional.

Clique aqui e leia a reportagem “Avicultura gaúcha em movimento, na íntegra e sem custo, acessando a página 10 da edição de Maio (nº 217) da Revista Feed&Food