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Avicultura brasileira sente efeitos da gripe aviária, mas custos controlados evitam queda maior
15/08/2025

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A avicultura brasileira ainda enfrenta os reflexos dos embargos internacionais decorrentes do caso de gripe aviária registrado no Rio Grande do Sul em maio. Embora o impacto sobre as exportações tenha sido menos intenso em julho do que no mês anterior, as restrições impostas por importantes compradores, como China e União Europeia, continuam limitando o potencial de embarques.

Segundo dados setoriais, o Brasil exportou 345 mil toneladas de carne de frango in natura no mês passado, volume 22% inferior ao de julho de 2024, mas 18% superior ao registrado em junho deste ano. O preço médio das vendas externas recuou levemente, 0,5% no comparativo mensal, e acumula queda de 4% desde abril, mesmo após o fechamento de alguns mercados.

No mercado doméstico, os preços do frango inteiro congelado em São Paulo caíram 2,1% em julho na comparação com o mês anterior, após a forte retração de 13% registrada em junho. Com isso, as cotações se alinharam aos níveis do ano passado, após meses de valores superiores, quadro que mudou com a ocorrência da gripe aviária.

Apesar disso, o início de agosto já mostrou sinais de recuperação, movimento também observado nas carcaças bovinas e suínas. O desempenho do mercado interno tem sido crucial para absorver parte da produção que deixou de ser exportada, atenuando os impactos sobre as margens da indústria.

Produção mantém crescimento e custos recuam
Dados preliminares de abates inspecionados pelo SIF apontam aumento da produção em maio e junho, frente ao mesmo período de 2024. O crescimento também foi observado nos alojamentos de pintos, sinalizando confiança dos produtores na retomada do ritmo de mercado.

Do lado dos custos, julho registrou queda de 3,8% no índice de produção da avicultura, influenciada pela desvalorização do milho e do farelo de soja, principais insumos da ração. Como o recuo no preço médio do frango abatido foi menor, de 2%, o spread da atividade apresentou leve melhora, mantendo-se próximo à média histórica após um início de ano bastante positivo para o setor.


Fonte: O Presente Rural

Créditos de Imagem: O Presente Rural