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As duas demandas da indústria de carnes para dar fôlego ao setor
10/05/2023

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As duas demandas da indústria de carnes para dar fôlego ao setor

Sob o efeito da alta de custos, empresas pedem ajuda ao poder público para recuperar competitividade

Em razão de três anos seguidos com contas apertadas por uma série de fatores, entre eles, o alto custo de produção, a indústria de aves e suínos do Rio Grande do Sul acendeu agora o alerta vermelho.

Preocupados com a insustentabilidade dos negócios, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips) colocaram dois pedidos considerados urgentes à mesa do secretário da Agricultura, Giovani Feltes, no Tá Na Mesa desta quarta-feira (10), promovido pela Federação de Entidades Empresariais no Rio Grande do Sul (Federasul).

O primeiro deles é ao governo do Estado, que exclua o setor da proteína animal do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). O FAF é um percentual gradativo aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo Estado nas aquisições de insumos para incentivar a compra local. O que, na avaliação da indústria, reduz ainda mais a competitividade das proteínas gaúchas.

E outro é ao governo federal, que crie linhas de financiamento que ofereçam capital de giro a longo prazo e com taxas do crédito rural. Tendo em vista a falta de caixa que muitas empresas vivem.

Para o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, são medidas que precisam ser feitas logo:

— As cadeias produtivas não estão aguentando mais.

Muitas, inclusive, já demonstram isso, continua o presidente executivo da Dália Alimentos e representante do Sips, Carlos Alberto Freitas:

— É o começo da “desagroindustrialização”. Nós estamos vendo no Rio Grande do Sul muitas empresas entrando em recuperação judicial e algumas empresas que vão, ali para frente, fechar as portas.

Essas e outras demandas, como a necessidade do governo gaúcho divulgar o certificado de zona livre de aftosa sem vacinação e as potencialidades do Estado ao mercado externo, estão sendo discutidas em um grupo de trabalho recém-criado pelo setor e o Estado.

Além do alto custo por causa do preço do milho, o frete, a logística e gastos de medidas sanitárias com a pandemia também somaram à conta dos prejuízos vividos pelo setor de proteína animal.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Rosi Boni / Divulgação