Os preços do frango no mercado interno seguem, ao menos desde o final do ano passado, "patinando", sem altas nem quedas expressivas, variando pouco dia a dia. De acordo com a analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, isso se deve a um alojamento de pintinhos de corte maior do que a demanda por carne de frango prevista.

Segundo o especialista, desde o último trimestre do anopassado já se nota este excesso, algo que nem as exportações recorde da proteína avícola brasileira atingido em 2022 foi capaz de escoar o excedente.

Este ano de 2023 também é promissor para as exportações de frango do Brasil, mas para melhorar os preços aqui no emrcado interno como está, seria necessário, por mês, embarcar entre 400 mil a 420 mil toneladas de carne de frango", disse.

Para além dos preços no mercado interno que não sobem, o avicultor sofre ainda com os custos de prodiução na atividade, principalmente com a nutrição dos animais, em patamares altos. "O ano passado todo foi desafiador neste sentido, e entramos em 2023 com estoques de passagem de milho curtos, já que nunca se exportou tanto o cereal nacional como no anod e 2022. O Brasil consome, só para a alimentação de aves, 50% do milho que produz. A conta não fecha", afirma.

Iglesias detalha que os avicultores do Centro-Sul do país estão trabalhando no vermelho, e agora a questão será rever a demanda interna e externa e planejar os alojamentos.

Fonte: Notícias Agrícolas
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