Proteína obteve receita recorde de vendas externas em maio, atingindo R$ 4,48 bilhões, 14,7% sobre abril e 28,9% face ao mesmo mês de 2021

A inflação global, a alta dos custos de produção e a forte demanda por carne de frango no mercado externo elevaram os preços médios internacionais da proteína para patamares superiores a 2 mil dólares a tonelada. A soma destes fatores, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), alavancou as exportações e gerou uma receita recorde em maio de R$ 4,48 bilhões: valor 14,7% maior que o de abril e 28,9% superior a maio do ano passado. Quanto ao volume escoado, este foi o segundo maior da história, somando 429,7 mil toneladas, atrás somente do de julho de 2018 (463,9 mil toneladas). Para pesquisadores do Cepea/Esalq/USP, o incremento nos embarques tem relação com a guerra na Ucrânia e os contínuos surtos de Influenza Aviária no Hemisfério Norte.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), no saldo acumulado no ano (janeiro a maio), as exportações de carne de frango alcançaram 1,99 milhão de toneladas, número 7,8% maior que nos primeiros cinco meses de 2021. “Estes são saldos comemorados pelo setor, porque ajudam a amenizar a crise vivenciada pelo aumento de custos que sofremos nos últimos dois anos”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Conforme o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua, o Brasil tem aumentado a capilaridade dos embarques de maneira sustentável, além de reforçar sua posição em mercados históricos. “Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita são destaques positivos na região do Oriente Médio”, diz. Rua lembra que, na Ásia, tem Filipinas e Coreia do Sul são mercados em expansão, havendo ainda boas expectativas nos próximos meses de exportações para o México.

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Foto: Manoel Petry/ABPA/Divulgação