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Ainda em fase de recuperação, exportação de carne de frango pode ter atingido novo recorde em setembro
07/10/2025
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Mantendo bom ritmo na maior parte do mês, os embarques de carne de frango in natura sofreram desaceleração na última semana de setembro. Assim, frente à média diária de 22.025 toneladas nas quatro primeiras semanas, foram embarcadas apenas 10.749 toneladas/dia nos dois últimos dias do mês, o que leva a supor, até, que as exportações de 30 de setembro não entraram no cálculo do mês. E se isso ocorreu, o resultado vai aparecer na primeira divulgação de outubro corrente.
Mas tal procedimento pouco importa. Pois, confirmando a fase de recuperação dos embarques, o volume acumulado no nono mês do ano aproximou-se da 460 mil toneladas, resultado que além de representar aumentos de 22,95% e 1,87% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês de 2024, também correspondeu ao maior volume exportado em 2025, deixando para trás as pouco mais de 440 mil toneladas de abril passado, recorde do corrente exercício até agosto e antes que o setor fosse afetado pelo caso do IAAP na avicultura comercial.
Tem mais, porém: o volume de carne de frango in natura registrado em setembro pode ter sido, também, o maior em um mês nos 50 anos de história do setor. Explica-se: oficialmente, o recorde mensal ocorreu em março de 2023, ocasião em que a SECEX/MDIC computou embarques de, quase, 484 mil toneladas (ou pouco mais de 500 mil toneladas se considerados, também, os industrializados e a carne de frango salgada).
Ocorre, aqui, que tal volume superou em mais de 20% a média mensal exportada naquele exercício, enquanto o volume do mês anterior (353.297 toneladas) foi quase 12% menor que a média anual. Ou seja: tudo indica que o recorde de março de 2023 foi “engordado” com embarques do mês anterior. E, considerada a média mensal daquele exercício, o resultado atual, cerca de 15% superior, terá correspondido a novo recorde.
O que ainda não obteve recuperação foi o preço médio. Pois ainda que tenha aumentado quase 1% em relação ao mês anterior, o valor alcançado em setembro ficou quase 8% aquém do registrado no mesmo mês do ano passado. De toda forma é oportuno lembrar que os preços de um ano atrás foram excepcionalmente elevados, pois influenciados pela menor oferta das exportações brasileiras, devido a caso de Newcastle na avicultura gaúcha.
Na média dos nove primeiros meses de 2025 o preço alcançado permanece 1,3% abaixo do registrado em idêntico período de 2024. E como o volume embarcado se encontra 1,2% aquém do registrado entre janeiro e setembro do ano passado, o efeito principal recai sobre a receita cambial, no momento 2,5% inferior. Mas a tendência é a de redução de todos esses índices no decorrer de outubro corrente.
Fonte: AviSite
Créditos de imgem: Banco de imagens Asgav