Asgav Notícias

Agronegócio lidera criação de emprego formal
07/02/2017

voltar

Em 2016, foram criados mais de 1.700 postos formais de trabalho no agronegócio gaúcho, o que representa um aumento de 0,6% no estoque de empregos do setor. Em 2015, o saldo foi negativo, com a perda de mais de 4 mil postos de trabalho. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). O economista Rodrigo Feix destaca que esse resultado do agronegócio contrasta com os números totais do emprego no Rio Grande do Sul, que tiveram saldo negativo de mais de 54 mil postos de trabalho no ano passado. Esse desempenho é explicado pelo resultado positivo nos três segmentos do agronegócio gaúcho. O setor de produção e fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos e serviços especializados (antes da porteira) respondeu pela maior criação de empregos com carteira assinada (836 empregos). Desde 2013, esse segmento não registrava saldo anual positivo. Segundo Feix, esse dado pode ser explicado por um duplo movimento setorial. “O primeiro deles foi a expansão dos empregos no setor de produção de sementes e mudas certificadas. O segundo e mais expressivo movimento ocorreu no setor de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários. Enquanto em 2015 foram perdidos mais de 4 mil empregos nessa área, em 2016, a perda foi menor, de 842 postos de trabalho.” Além disso, a elevação das vendas de máquinas agrícolas para o mercado brasileiro no segundo semestre de 2016 favoreceu a retomada da produção e a estabilização do quadro funcional das empresas desse setor situadas no RS. “Depois de quatro semestres consecutivos de redução do número de empregados, a indústria gaúcha de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários voltou a criar postos de trabalho”, afirma Feix. Os dados da FEE indicam que, no segmento de transporte, armazenagem, industrialização, distribuição e comercialização (depois da porteira), o saldo positivo de 630 empregos foi determinado pelo desempenho dos setores de comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais e de fabricação de conservas. Já o segmento de preparo e manejo de solos, tratos culturais, irrigação, colheita e criação animal (dentro da porteira) foi responsável pela menor variação de empregos em 2016, apresentando 331 postos de trabalho. O pesquisador Rodrigo Feix aponta que os setores de produção florestal e produção de lavouras temporárias contribuíram para o resultado desse segmento. “A agropecuária gaúcha passou por dificuldades no ano passado. As atividades de criação de aves e suínos foram as mais afetadas. As produções de grãos, fumo e uva recuaram, afetadas por eventos climáticos”, ressalta.

Fonte: Jornal do Comércio