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Agronegócio: Exportações estaduais cresceram em agosto
11/09/2018
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A s exportações do agronegócio gaúcho voltaram a subir em agosto, depois de terem registrado quedas em junho e julho, sob impacto do surgimento da tabela do frete. Segundo relatório divulgado ontem pela Farsul, o Rio Grande do Sul embarcou 1,9 milhão de toneladas no mês passado, crescimento de 11,9% em relação a julho, pelo valor de 1,044 bilhão de dólares, 13,6% acima do faturado no mês anterior. “As vendas da soja em grão, que estavam represadas por causa do tabelamento, aumentaram 30% em volume em agosto”, diz o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz. No acumulado do ano, o incremento é de 3,6% em volume e 7,6% em valor, ante janeiro a agosto de 2017.
No entanto, há desvantagem na comparação de agosto deste ano com agosto do ano passado. Houve queda de 6,9% em volume e 10,4% em valor. A soja, principal item da pauta de exportações, recuou de 1,5 milhão para 1,3 milhão de toneladas.
“Agosto de 2017 foi fora da curva. O preço da soja se manteve baixo no primeiro semestre (daquele ano) e quando teve um aumento, o produtor vendeu”, lembra o economista-chefe da Farsul, referindo-se ao grande volume daquele mês, que tornou a base de comparação elevada.
Um dos destaques das exportações continua sendo o arroz. No acumulado do ano, as vendas do cereal alcançaram 791 mil toneladas, com receita de 264 milhões de dólares. Em relação ao mesmo período do ano passado, isso significou um incremento de 134% no volume e de 101,6% no valor.
Para Gustavo Ludwig, gestor do Brazilian Rice, uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria do Arroz em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), esta alta deve-se ao trabalho de divulgação do arroz em diversos países e também à conjuntura que tornou o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional.
“Estes fatores convergiram de forma favorável e, no momento em que a conjuntura não ajudar, esperamos que nosso trabalho sustente a venda do nosso arroz”, comenta.
Já os setores de carnes suína e de frango registraram novas quedas em agosto, respectivamente de 10,7% e de 20,4% na comparação com os volumes de julho. No acumulado do ano, a retração chega a 33%. O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips/RS), Rogério Kerber, acredita que este quadro deve melhorar nos próximos meses tendo em vista a ocorrência da peste suína africana na Ásia e Europa. “Como o Brasil não tem nenhum evento sanitário, vai ocupar este espaço”, prevê.
Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV