Notícias
ABPA pede fim de barreiras na exportação de carne de ave e frango
19/07/2018
voltar
A Associação Brasileira de Proteína (ABPA) solicitou ao governo brasileiro que, no próximo encontro de representantes do Brics, negocie com integrantes do bloco - Rússia, Índia e China - para retirarem barreiras levantadas contra o ingresso de carne de frango e suína embarcadas pelo Brasil. A 10ª Cúpula do Brics ocorre no fim deste mês, na África do Sul.
Em audiência ontem em Brasília com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o presidente da ABPA, Francisco Turra, entregou um documento detalhando as situações encontradas em cada mercado. Padilha recebeu o ofício e informou que encaminhará ao presidente Michel Temer, hoje em visita a Cabo Verde, mas com agenda marcada para participar da cúpula. Os chefes de Estado do grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estarão reunidos entre os dias 25 e 27 de julho, em Johanesburgo. O diretor executivo da ABPA, Ricardo Santin, também participou da audiência na Casa Civil.
Na Rússia, sob alegação de ter encontrado uma substância não permitida em produtos importados, o governo barrou a compra da mercadoria. Até novembro de 2017, mês da interrupção das exportações, o Brasil havia vendido quase 260 mil toneladas de carne suína, tornando a Rússia o principal destino dos embarques.
No caso da China, o país asiático alegou que a entrada de carne de frango estava prejudicando a produção local, e passou a aplicar uma sobretaxa. A medida é provisória, com decisão final em agosto. A ABPA segue trabalhando no âmbito do processo, buscando reverter a imposição. Contudo, não houve suspensão das compras. No ano passado, o país importou 9,2% da carne de frango embarcada pelo Brasil e 7,1% das exportações de carne suína. A questão da Índia é semelhante, pois envolve taxas de importação. Com o crescimento econômico do país, os indianos passaram a consumir mais proteína animal. Assim, há grande potencial para a carne de frango. A taxa aplicada sobre o produto vindo do Brasil é maior do que a de outras nações, reduzindo a competitividade.
Fonte: Jornal do Comércio
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV