Em 2020, o PIB da Indústria registrou queda de 3,5% frente a 2019, cujo destaque negativo foi o desempenho das atividades Construção (-7,0%), Transformação (-4,3%) e Produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-0,4%). O único resultado positivo foi o crescimento da atividade Extrativa (+1,3%), embalada pela produção de petróleo e gás que contrabalancearam a queda da extração de minério de ferro.

A atividade das Indústrias de Transformação recuou 4,3% no acumulado do ano, principalmente em razão à redução (em volume) do Valor Adicionado dos segmentos de Veículos automotores, Outros equipamentos de transporte, Confecção de vestuário, Máquinas e equipamentos e Metalurgia. Os destaques positivos, embora apresentem menor relevância em termos de valor adicionado, podem ser atribuídos aos setores de Alimentos, Farmacêutico, Celulose e papel, Produção de Fumo e Materiais de limpeza, que assinalaram crescimento em relação ao ano de 2019.

Em termos de participação no PIB, a Indústria Total passou a representar 20,4% da economia brasileira, frente a uma representatividade de 21,4% no final de 2019. A indústria de transformação também perdeu relevância no PIB nacional, passando de 11,8% em 2019 para 11,3% em 2020. Nessa mesma base, a Indústria da Construção Civil também reduziu a participação, passando de 3,8% para 3,3%.

Essa perda de participação da indústria foi acompanhada pelos Serviços, que passaram a representar 72,8% do PIB, o equivalente a 0,7 pontos percentuais a menos do que em 2019. Por outro lado, a Agropecuária avançou a sua representatividade, passando de 5,1% para 6,8% do PIB.

Fonte: FIERGS