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A medida mais importante que o Brasil adota contra a influenza aviária
17/05/2023
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Comunicar com clareza, dentro e fora do país, sobre os registros em aves não comerciais evita ruídos e preserva a produção comercial
A resposta brasileira à detecção dos primeiros casos de influenza aviária (em aves migratórias) tem sido baseada em uma premissa fundamental em tempos de informação na velocidade das redes sociais: a da transparência. Um dia depois da confirmação dos registros no Espírito Santo, o governo tem trabalhado para prestar esclarecimentos com importadores sobre os casos: de que foram em aves silvestres e longes de áreas de produção comercial.
Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin está em Brasília, onde conversa com o ministra da Agricultura, Carlos Fávaro, para fazer alinhamentos em relação à agilidade e à unidade nas respostas a serem dadas a compradores da proteína animal brasileira mundo afora.
— Embaixadas e adidos agrícolas já estão fazendo isso, dando uma resposta rápida e mostrando a transparência do Brasil — explica Santin, que já tinha agenda previamente marcada na capital federal, mas incluiu o tema na pauta.
Com relação às medidas preventivas, o governo declarou estado de alerta, o que concede agilidade a ações necessárias. Já as empresas do setor, que trabalham no sistema de integração com os produtores reforçam práticas de biosseguridade que já vinham sendo adotadas.
— Viemos adotando medidas de comunicação muito rápidas, a cada movimentação, acontecimento. Agora, os produtores estão sendo informados do caso (no ES), com a maior clareza possível — acrescenta José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
A chegada da influenza aviária ao Brasil esteve na pauta da reunião do conselho diretivo, que se reúne periodicamente para avaliar a mobilização em torno da prevenção (esse encontro estava marcado antes dos registros terem sido comunicados).
— Nosso empresário, nossos técnicos estão tranquilos — reforça Santos.
A multiplicação da informação é considerada uma ferramenta crucial para manter o vírus longe dos rebanhos comerciais. Terceiro maior exportador de frango entre os Estados brasileiros, o Rio Grande do Sul tem na proteína uma importante fatia de seu desenvolvimento econômico.
Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: marcianelsis / stock.adobe.com