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Volume exportado cai, mas faturamento cresce
12/07/2017

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Volume exportado cai, mas faturamento cresce

Após um período adverso, marcado pela Operação Carne Fraca, ocorrida em março, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou ontem o levantamento de exportações do primeiro semestre com a sensação de que o impacto não foi tão ruim quanto se temia. Os embarques de carne de frango e de suíno registraram queda em volume, mas cresceram em receita, e alguns dos principais mercados já apresentam níveis de importação próximos aos anteriores à operação. A projeção é de que, até o final do ano, as vendas ao exterior aumentem 1% em volume.


Na carne de frango, as exportações alcançaram 3,5 bilhões de dólares, um crescimento de 5,9% frente ao mesmo período do ano passado. Já as exportações de carne suína tiveram um incremento ainda mais significativo, de 28,5%, chegando a 815 milhões de dólares no período. “Isso significa que o Brasil valorizou o seu produto e o mundo aceitou pagar por isso”, afirma o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra. Um dos fatores que ajudaram a valorizar a carne de frango foram os vários casos de gripe aviária ocorridos em países produtores, já que o Brasil está livre da doença. Em volume, a queda foi de 6,4% no frango, que obteve um total de 2,1 milhões de toneladas, e de 2,8% nos suínos, que chegaram a 343 mil toneladas. No entanto, segundo Turra, ninguém desbancou o Brasil de seus mercados, já que as exportações de outros países, como China, Tailândia e Estados Unidos, também tiveram retração ou cresceram muito pouco no período. Por outro lado, o dirigente afirma que o Brasil está sendo mais fiscalizado após a Carne Fraca.


O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, considera que o volume de exportação de carne de frango não chegou a cair tanto quanto se imaginava após a operação Carne Fraca. “O país continua tendo uma situação privilegiada, que é de livre de gripe aviária. Isso amenizou o problema”, observa. O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, lembra que um dos motivos para a queda no volume de carne suína exportada foram os problemas observados no embarque nos portos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no início de junho, em função do excesso de chuvas.


Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: RODRIGO ASSMANN / GAZETA DO SUL / ESPECIAL / CP MEMÓRIA