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Tarifa da China traz incerteza para avicultura brasileira
18/06/2018

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Tarifa da China traz incerteza para avicultura brasileira

A imposição de tarifas de importação sobre o frango brasileiro por parte da China trouxe mais incerteza e deixou a indústria avícola nacional receosa. É o que afirmam os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em nota divulgada nesta sexta-feira (15/6).

O governo chinês acionou sobretaxas provisórias de 18,8% e de 38,4% ao frango brasileiro. A alegação é de que a indústria local estaria sendo prejudicada pela concorrência com o produto, já que importações seriam feitas a preços abaixo dos praticados no país asiático.

Na avaliação do Cepea, a decisão afetou de forma significativa as expectativas da indústria brasileira, já atingida também por restrições da União Europeia.

“A maior preocupação está atrelada ao fato de o mercado doméstico não conseguir absorver todo o volume de carne de frango produzida. Dentre todas as proteínas brasileiras, a de frango é a que apresenta maior dependência das exportações para enxugar a oferta excedente”, dizem os pesquisadores, no comunicado.

Apesar das preocupações, pelo menos por enquanto, as cotações no mercado interno brasileiro no atacado se mantiveram em alta nesta semana na maior parte das regiões pesquisadas pelo Cepea. O movimento foi percebido especialmente nos estados da região sul do Brasil.

“O impulso vem da procura ainda elevada, devido ao período de início do mês e de normalização de estoques, dado o desabastecimento das redes atacadistas e varejistas no período de paralisação dos caminhoneiros”, avaliam os pesquisadores.

No estado de São Paulo, a valorização do frango congelado passa de 40%. Nesta quinta-feira (14/6), o valor médio com base na região metropolitana da capital paulista, além dos municípios de São José do Rio Preto e Descalvado, chegou a R$ 4,79%, com 42,99% de alta neste mês.

O frango resfriado, nas mesmas regiões de referência, a alta acumulada nesta primeira metade de junho é de 29,48%, com o quilo valendo, em média, R$ 4,70.

Fonte: Revista Globo Rural
Créditos da Imagem: Globo Rural