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Soja: mercado no Brasil tem 3ª feira de preços em alta e bons negócios para exportação
06/09/2017

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Soja: mercado no Brasil tem 3ª feira de preços em alta e bons negócios para exportação

Os preços da soja formados no Brasil subiram de forma generalizada nesta terça-feira (5) diante do avanço significativo dos preços registrado na Bolsa de Chicago. As cotações no mercado internacional terminaram o dia com ganhos de mais de 19 pontos e o novembro/17 voltando a se aproximar dos US$ 9,70 por bushel neste pregão.

Assim, no interior do Brasil, as referências subiram de 0,12% - em Ponta Grossa/PR, para R$ 66,08 por saca - a 13,33% em Castro/PR,para R$ 68,00 nesta terça. Nos portos, altas de mais de 1%, levando a soja disponível aos R$ 71,00 por saca e R$ 70,00 para a safra nova. Nos portos de Santos e Santa Catarina, as cotações também voltaram a esse patamar.

Os ganhos vieram para os produtores brasileiros mesmo diante de uma queda do dólar frente ao real nesta terça - a moeda americana fechou o dia com baixa de 0,57% e valendo R$ 3,1192 - já que o avanço das cotações em Chicago foi mais forte, além dos sojicultores do Brasil contarem ainda com prêmios significativos e bastante positivos nos portos do país.

No terminal de Paranaguá, as principais posições de entrega têm de US$ 0,60 a US$ 0,85 sobre os preços praticados na CBOT e, nos melhores momentos, esses indicativos passam de US$ 1,00 por bushel.

Nesse cenário, os negócios têm fluído melhor no mercado brasileiro, principalmente para exportação diante dessas melhores oportunidades, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

"Essa é uma semana importante, decisiva. Mesmo com o feriadão (em 7 de setembro, na quinta-feira), o mercado lá fora continua girando e podem vir boas oportunidades para o produtor brasileiro", diz.

Brandalizze explica ainda que a comercialização da safra velha voltou a se normalizar, depois de um atraso considerável, com cerca de 80% da produção nacional já comercializada. Além disso, relata ainda que muitos produtores brasileiros têm aproveitado o momento do dólar em queda para realizar operações de troca e adquirir insumos para a nova temporada. "O produtor que precisa comprar insumos tem participado do mercado", explica o consultor.

Bolsa de Chicago

No mercado internacional, a alta dos preços foi reflexo de uma junção de fatores, entre fundamentos e técnicas. Entre eles, o dólar em queda no Brasil e frente a uma cesta de divisas pelo mundo foi uma dessas peças.

Paralelamente, a ocorrência de um novo furacão nos Estados Unidos - o Irma - também foi combustível para essa alta dos preços, uma vez que puxou os preços do petróleo e, consequentemente, das commodities de uma forma geral. Além do mais, intensifica as previsões de chuva para regiões dos Estados Unidos que poderiam atrasar o início da colheita da nova safra norte-americana.

Concluindo esse quadro, novas informações sobre a intensidade da demanda global por soja também favoreceram o movimento positivo das cotações, principalmente por parte da China. Nesta terça, o USDA trouxe um novo anúncio de venda de soja em grão para a China de 136 mil toneladas e também favoreceu o avanço das cotações nessa retomada dos negócios.

O Centro Nacional de Grãos e Óleos da China (CNGOIC) informou, em nota, que foram contratados, na última semana, 20 carregamentos de soja dos Estados Unidos para cobrir as necessidades de consumo de setembro e outubro. "A China está cerca de 50% coberta para outubro". E ainda segundo Reilly, em suas análises, "as margens de esmagamento da China estão crescendo, se tornando positivas em cerca de US$ 0,96 por bushel", diz.

Fonte: Notícias Agrícolas