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Preço do milho encerra a 6ª feira com poucas alterações no Brasil
23/11/2020

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Preço do milho encerra a 6ª feira com poucas alterações no Brasil

A última sexta-feira (20) chegou ao final com os preços do milho registrando pequenos recuos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.

Já as desvalorizações apareceram em Amambaí/MS (1,39% e preço de R$ 71,00), Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,41% e preço de R$ 70,00) e Jataí/GO (4,35% e preço de R$ 66,00).

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a semana foi de aumento das ofertas do milho nas praças paulistas e nas praças vizinhas. O recuo do dólar deixou mais frio o apetite para as exportações nos últimos dias. O vendedor está mais ativo do que o comprador”.

Apesar disso, o Rio Grande do Sul registrou elevação de 2,06% no preço médio da saca de milho ao longo desta semana, chegando ao patamar de R$ 80,19 conforme relatado no boletim semanal com a atualização para as safras da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural).

A consultoria SAFRAS & Mercado, apontou que “o mercado brasileiro de milho manteve preços pouco alterados, para cima ou para baixo, nesta semana. As cotações seguem sustentadas por uma oferta controlada, e com apreensões ainda com o clima para a safra de verão de 2021”.

“Alguns consumidores indicam que estão posicionados até a virada de ano. Os produtores por sua vez mantêm a estratégia de retenção ainda observando atentamente o risco climático, com chuvas irregulares em relevantes regiões produtoras”, comenta. A movimentação cambial ainda é um fator relevante no restante do ano, destaca o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

B3

Os preços futuros do milho começaram o último dia da semana em baixa na Bolsa Brasileira (B3), mas ganharam força ao longo da sexta-feira e chegaram ao campo misto, próximo da estabilidade. As principais cotações registravam movimentações entre 0,64% negativo e 0,45% as 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 78,23 com baixa de 0,64%, o março/21 valia R$ 78,32 com perda de 0,46%, o maio/21 era negociado por R$ 73,82 com queda de 0,45% e o julho/20 tinha valor de R$ 67,10 com elevação de 0,45%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro de milho já está reta final de ano com as indústrias de ração em balancete e se preparando para parar as compras e iniciar as férias coletivas e manutenção dos equipamentos.

“Os negócios são pontuais e quase não existem. As cotações não mostram muita variação porque não há muita oferta de milho”, destaca Brandalizze.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro contabilizaram ganhos durante toda a sexta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,75 e 1,50 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,23 com alta de 0,75 pontos, o março/21 valia US$ 4,28 com elevação de 1,00 ponto, o maio/21 era negociado por US$ 4,30 com valorização de 1,50 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 4,30 com ganho de 0,75 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,24% para o dezembro/20, de 0,23% para o março/21 e de 0,23% para o maio/21, além de estabilidade para o julho/21.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 3,17% para o dezembro/20, de 2,15% para o março/21, de 1,42% para o maio/21 e de 0,94% para o julho/21 na comparação com a última sexta-feira (13).

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os preços do milho registraram pequenos ganhos em Chicago acompanhando as altas contabilizadas para a soja neste fim da semana.

“A soja continua sua busca por US$ 12 e o milho vai junto. Com os fundos carregando posições compradas significativas em ambos os mercados, os fundamentos ficaram um pouco para trás no caso do milho. Esperamos que o mercado de soja mantenha o prêmio de risco até que se saiba mais sobre a safra de soja da América do Sul ”, diz Britt O'Connell da ever.ag

Don Roose, da US Commodities em West Des Moines, acrescenta ainda que o milho está acompanhando a alta da soja, mas também está se beneficiando dos rumores de compras chinesas.

Fonte: Notícias Agrícolas
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV